Na iminência de sua condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deve cassar seus direitos políticos pelos próximos 8 anos, Jair Bolsonaro (PL) viajou nesta quinta-feira (22) para Porto Alegre e se vitimizou, classificando o julgamento da primeira das 16 ações contra ele somente na Justiça Eleitoral como "afronta".
O ex-presidente ainda afirmou que a decisão da condenação, que é esperada até mesmo por seus advogados, faz com que ele perca o "gás" na atuação política.
Te podría interesar
"Na minha idade, [o que] gostaria de fazer, continuar ativo 100% na política. E, tirando seus direitos políticos que, no meu entender, é uma afronta isso aí, você perde um pouquinho desse gás", disse em vídeo de entrevista que foi divulgado nas redes sociais.
Bolsonaro ainda arrumou uma nova desculpa para sua derrota nas eleições presidenciais e apontou um novo culpado: o presidente dos EUA, Joe Biden.
Te podría interesar
"Está na grande imprensa ai, acho que vi n'O Globo, e tá na imprensa americana também, sobre o que os EUA fez (SIC) por ocasião das eleições aqui - um parecer mais apurado sobre isso ai", disse Bolsonaro, indagado sobre quem fez isso, respondeu: "o governo americano, Joe Biden".
O ex-presidente, então, emendou falando da reportagem do Financial Times sobre conversas com "militares e civis que interferiram com ações não favoráveis a mim" durante a eleição.
Bolsonaro, no entanto, ressaltou que "não tem capacidade para processar tantas informações".
A reportagem publicada no Financial Times afirma que a Casa Branca fez uma "pressão discreta" sobre líderes políticos e militares brasileiros para que não houvesse apoio a um eventual golpe de Estado que poderia ser desencadeado caso Bolsonaro perdesse a eleição.