O ministro da Justiça, Flávio Dino, foi às redes sociais na manhã desta quarta-feira (19) para defender a operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal (PF) contra o agressores do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Polícia Federal pediu Busca e Apreensão, no âmbito de investigação por agressões contra o ministro Alexandre de Moraes e sua família, baseada no artigo 240 do Código de Processo Penal. A medida se justifica pelos indícios de crimes já perpetrados. Tais indícios são adensados pela multiplicidade de versões ofertadas pelos investigados", disse.
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Em seguida, o ministro da Justiça afirma que "sobre a proporcionalidade da medida, sublinho que passou da hora de naturalizar absurdos. E não se cuida de “fishing expedition” (operação sem indício probatório), pois não há procura especulativa, e sim fatos objetivamente delineados, que estão em legítima investigação".
Casal que atacou Moraes é alvo de busca e apreensão da PF
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Roberto e Andreia prestaram depoimento à PF nesta terça-feira e tiveram seus celulares apreendidos para perícia já na delegacia em Piracicaba (SP). Na parte da tarde, a ministra Rosa Weber, do STF, autorizou e policiais federais fizeram busca e apreensão em endereços ligados ao casal na cidade de Santa Bárbara d'Oeste, interior paulista.
Foram apreendidos computadores, celulares e documentos. A PF quer analisar se Roberto e Andreia possuem algum tipo de envolvimento com os atos golpistas deflagrados por apoiadores de Jair Bolsonaro em 8 de janeiro deste ano.
Roberto e Andreia respondem, junto com Alex Zanatta, que estava com eles na agressão a Moraes, a inquérito aberto pela PF pelos crimes contra a honra e ameaça, que podem levá-los a uma pena de até 2 anos e 6 meses de prisão.
Lula: "animais selvagens" atacaram Moraes
Antes de deixar Bruxelas, onde participou da reunião de Cúpula dos países Latinos e Caribenhos com a União Europeia, na manhã desta quarta-feira (19), Lula deu uma dura declaração ao comentar os ataques realizados por bolsonaristas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e o filho dele no aeroporto de Roma no último fim de semana.
"Nós precisamos punir severamente pessoas que ainda transmitem ódio, como o cidadão que agrediu o ministro Alexandre de Moraes no Aeroporto de Roma. Um cidadão desses é um animal selvagem, não é um ser humano", disse Lula em entrevista coletiva antes de deixar a Bélgica.
O presidente brasileiro ainda mandou recado aos apoiadores radicais de Bolsonaro, que insistem nos ataques a autoridades, dizendo que essa gente "tem que ser extirpada".
"É possível a gente voltar a civilização, sempre foi assim. Essa gente que renasceu no neofascismo colocado em prática no Brasil tem que ser extirpada, e nós vamos ser muito duros com essa gente para eles aprenderem a voltar a serem civilizados. Queremos paz, trabalho, emprego, educação, saúde e viver bem", disse o presidente brasileiro.