A conta chegou. Para conseguir aprovar a Reforma Tributária, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve que ceder a uma lista de pedidos dos partidos do chamado centrão e seus parlamentares que começa a tomar corpo e deve ter seu desenlace até agosto.
De acordo com apuração do repórter da Fórum, Mauro Lopes, que bate bem próxima com as do UOL e g1, Lula deverá entregar ao centrão a Caixa Econômica Federal, Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Ministério dos Esportes e Funasa.
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MDS e Caixa
Parlamentares do PT que conversaram com a Fórum já dão como certa a saída de Wellington Dias, do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e de Rita Serrano, da Caixa Econômica Federal, por exemplo. Os dois, de acordo com interlocutores, têm tido desempenho abaixo do avaliado.
Serrano sofre fritura desde o final de junho, quando fez o anúncio considerado atabalhoado de cobrança de tarifa sobre transferências via Pix feitas por pessoas jurídicas.
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Para o lugar de Wellington Dias deve ir o deputado pernambucano Silvio Costa Filho (Republicanos). Já para o de Serrano deve ir Gilberto Occhi (PP), ex-ministro da Saúde de Dilma Rousseff, que presidiu a Caixa no governo de Michel Temer. Seu nome já teria sido aprovado pelo presidente, de acordo com os mesmos interlocutores.
Esporte
Outra que deverá ser substituída, não por falha de gestão, mas por pura falta de apoio, já que ela não é do PT, mas sim da cota pessoal de Lula, é a ministra do Esporte Ana Moser. Para o seu lugar deve ir o líder do PP na Câmara, o deputado André Fufuca (MA).
Há, no entanto, a possibilidade de Fufuca ir para o MDS e Silvio Costa para os Esportes. O acerto final deverá ser feito agora em julho.
Com a Caixa e o MDS na mão, o PP de Arthur Lira e do senador Ciro Nogueira (ex-ministro de Jair Bolsonaro), passarão a ter o controle do banco público e, possivelmente, da pasta que cuida do programa Bolsa Família.
Turismo
No final das contas, a mudança mais arrastada é a da ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), que deve ter sua saída oficializada nesta semana. Celso Sabino (União Brasil) será nomeado para o cargo.
Este ajuste foi uma imposição do União Brasil, após o pedido de desfiliação de Daniela, feito em abril à Justiça Eleitoral — sob o argumento de "assédio" por parte da direção nacional da sigla.