Depois de ter sido reeleito para a presidência da Câmara dos Deputados com a maior quantidade de votos da história, 464, Arthur Lira avança na consolidação da sua influência na Casa e forma o maior bloco partidário desta legislatura, com 173 parlamentares.
Além do partido dele, o PP, o bloco reúne União Brasil, PDT, PSB - do vice-presidente Geraldo Alckmin -, Solidariedade, Avante, Patriota e pela federação Cidadania-PSDB. Esse novo peso político foi anunciado nesta quarta-feira (12).
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É um grupo diverso, com partidos claramente alinhados ao governo Lula, como PSB e PDT, mas outros que não são da base, como o PP.
Essa costura é uma resposta ao anúncio de outro super bloco na semana passada. Agora, o segundo maior, com 142 integrantes, composto por MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC. Esse grupo, quando majoritário, acabava atuando como um contraponto ao poder de Lira.
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A terceira maior força política na Câmara tem o carimbo de Jair Bolsonaro. A eleição dos 99 parlamentares do PL, partido do ex-presidente, foi impulsionada pelo então mandatário. A sigla chegou a integrar o “blocão” formado para a eleição de Lira, mas deixou nas primeiras semanas de funcionamento da Câmara.
Em seguida aparece a base de apoio ao Governo Lula. As federações PT-PCdoB-PV (81 deputados) e PSOL-Rede (14 deputados). A federação é um modelo no qual os partidos têm que se manter unidos por, no mínimo, quatro anos para além da atuação na Câmara. Dentro da Casa, são consideradas como blocos.
Por fim, o Novo com três deputados que fazem oposição ao Governo Lula.
O tamanho das bancadas e dos blocos partidários é importante moeda de troca na negociação política direta com o governo e na distribuição de cargos e comissões na Casa. Na prática, quanto maior o número de parlamentares reunidos em uma sigla ou bloco, maior a influência política do grupo na Câmara.
Por exemplo, a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), como a da Reforma Tributária, de interesse do Governo Lula, precisa de 308 votos para ser aprovada. O resultado vai aferir a força ou fracasso político do Planalto. E a formação de blocos partidários é um elemento-chave dessa disputa no Legislativo.
Os blocos parlamentares são formados por dois ou mais partidos para atuar conjuntamente na Casa. Têm líderes em comum e influenciam, por exemplo, na distribuição de cargos e comando de comissões.
Com a criação do novo bloco, a prioridade para indicações para os colegiados, inclusive os mistos que analisam medidas provisórias, passam a ser do grupo do presidente da Câmara.
Blocos, bancadas e federações
- PP, União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota e Cidadania-PSDB (173 deputados)
- MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC (142 deputados)
- PL - terceira maior bancada da Casa e não está em bloco nenhum. (99 deputados)
- Federação PT-PCdoB-PV (81 deputados)
- Federação PSOL-Rede (14 deputados)
- Novo (3 deputados)