A ex-ministra da Família no governo Bolsonaro e atual senadora, Damares Alves (Republicanos-DF), publicou um vídeo em suas redes sociais completamente confusa e aparentemente abalada emocionalmente devido à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político, o que o tornou inelegível até 2030.
No vídeo, a senadora e aliada de Bolsonaro afirma que sabia que ele seria condenado pelo TSE. "Estamos tristes e indignados com o resultado do julgamento do presidente Bolsonaro, que o levou à inelegibilidade. Nós já sabíamos que isso ia acontecer, nós avisamos", afirma Damares.
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"Primeiro, avisamos que ele era comunista, e muita gente duvidou. Ontem (29/7), o atual presidente da República [Lula], que gosta de ser chamado de comunista, afirmou isso. Depois, avisamos que a democracia estaria em jogo... nós avisamos", disse a senadora em um discurso confuso.
Confira abaixo a íntegra do depoimento de Damares Alves:
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Bolsonaro inelegível
Com os votos de Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, presidente e vice da corte, acompanhando o relator, e Kássio Nunes Marques abrindo divergência, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria e tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos, ou seja, até 2030.
Em seu voto, o ministro e presidente da Corte eleitoral, Alexandre de Moraes, classificou o encontro com os embaixadores como algo “totalmente eleitoreiro” e com o objetivo de “instigar o seu eleitorado contra o sistema eleitoral do Brasil”.
Durante seu voto, Alexandre de Moraes fez questão de ressaltar que “liberdade de expressão não é liberdade de agressão, ataque à democracia, liberdade de expressão não é ataque ao poder judiciário, principalmente por um presidente da República candidato à reeleição”.
Assim como relator do caso, Moraes também fez menção a Teoria do Caos e, especificamente, ao livro “Engenheiros do Caos”, que analisa a tática da extrema direita em utilizar os meios de comunicação e ataques massivos de fake news para substituir a realidade pela mentira e construir uma suposta coesão entre o seu eleitorado. “Isso faz com que a desinformação chegue ao eleitorado. Isso é usado em nível nacional e internacional [...] todos os elementos que caracterizam o abuso de poder político estão presentes”.