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TRF-4 afasta Gabriela Hardt, que substituiu Moro, da Vara da Lava Jato

Juíza alinhada com Moro e lavajatismo é afastada da 13 ª Vara Criminal de Curitiba

Gabriela Hardt deu continuidade à jurisprudência de Sérgio Moro e chegou a ser acusada de plagiar sentenças de ex-titular da Lava JatoCréditos: Reprodução/Redes Sociais
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Gabriela Hardt foi afastada do posto de juíza da 13ª Vara Criminal de Curitiba, onde são julgados os processos da Operação Lava Jato. A saída vem após decisão do Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4) publicada nesta segunda-feira (19).

O Tribunal definiu que o destino de Hardt será a 3ª Turma Recursal do Paraná (TRPR). Ficam na vara o juiz federal Fábio Nunes de Martino, originário da 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, e Murilo Scremin Czezacki, como substituto. 

Hardt já havia tentado sair da Operação Lava Jato em direção a um tribunal em Florianópolis, mas teve o pedido negado pelo TRF-4 porque a vaga já tinha sido ocupada por um outro juíz.

Enquanto isso, o juiz federal Eduardo Appio busca voltar ao posto após ser removido pelo mesmo TRF-4 por uma suposta ligação ameaçando o filho de um desembargador do tribunal. Segundo laudo, a ligação era trote e não foi feita por Appio, que deseja voltar a 13ª Vara Criminal de Curitiba.

Hardt já havia se declarado suspeita para julgar os pedidos de Tony Garcia, na semana passada. Tony, ex-deputado estadual, alega ter sido um agente infiltrado para coletar provas ilegais em favor de Sérgio Moro e do MPF de Curitiba.

Na semana passada, Tacla Duran obteve habeas corpus e poderá, finalmente, depor contra Sérgio Moro e o MPF de Curitiba no âmbito da Lava Jato. Duran afirma ter sido extorquido por membros da operação para garantir acordos de inocência para seus clientes.

Nesta segunda-feira, Deltan Dallagnol partiu para os EUA após perder definitivamente o seu mandato por conta da Lei da Ficha Limpa.

As últimas semanas têm representado sequenciais derrotas para membros da Lava Jato. Diversos abusos cometidos pela operação estão vindo à tona e podem complicar a vida dos seus principais agentes, como os procuradores do Ministério Público e os juízes envolvidos nos casos, como o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o próprio Deltan Dallagnol (Podemos-PR).