O ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, esteve na manhã desta terça-feira (9) em audiência pública no Senado Federal onde respondeu a uma série de perguntas relacionadas à pasta. Como já era esperado, sua firmeza e bom humor marcaram algumas passagens, sobretudo quando questionado por líderes da oposição, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente.
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Em dado momento da audiência realizada no âmbito da Comissão de Segurança Pública do Senado, Flávio tentou aplicar uma espécie de pegadinha em Dino, aproveitando para colocar em evidência algumas pautas da extrema direita. Começou falando sobre os quadros de violência urbana registrados em áreas controladas pelo crime organizado no Rio de Janeiro, frisando o Complexo da Maré, onde uma visita de Dino causou rebuliço recentemente, até apresentar dados sobre estatísticos as mortes de policiais e criticar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, que limita operações policiais armadas e de grande porte em comunidades cariocas.
“Em relação a essa situação do Rio de Janeiro, o senhor mesmo trouxe um dado, na sua pergunta, que diz assim: ‘nos últimos 5 anos morreram 121 policiais’. Certo. E quem era o presidente da República nesses últimos 5 anos? Nós não podemos responder pelos dados estatísticos dos últimos 5 anos em que não estivemos no Governo”, respondeu Dino, deixando Flávio Bolsonaro balbuciando algum rascunho mental de réplica.
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Em seguida, Dino explicou ao filho de Bolsonaro a razão pela qual ele não deveria nem iniciar a réplica. “Estamos em uma audiência pública, vocês perguntam e eu respondo. Se o senhor quiser debater comigo, me convide para o seu canal de YouTube que eu vou com o maior prazer”, concluiu Dino.
Mais adiante, um outro senador questionou Dino sobre as recentes prisões de CACs (pessoas com registro para portar armas como caçadores, atiradores esportivos e colecionadores) que não refizeram o registro das suas armas conforme previa decreto do Governo Lula. Na resposta, aproveitou o momento para detonar o filho ‘zero-um’ de Jair Bolsonaro pela segunda vez.
“Sobre os CACs, o senador Flávio Bolsonaro falou em ‘narcomilícia’, um tema que ele conhece muito de perto – esse casamento de milícia com narcotráfico. Ora, é claro que em relação aos CACs também ocorreu isso. Infelizmente criminosos viraram CACs, e CACs também se associaram a praticas criminosas. Por isso ocorreram as prisões. Infelizmente estamos tendo uma zona de interseção”, explicou.
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