O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ficar em silêncio em seu depoimento à Polícia Federal no âmbito da Operação Venire. Na manhã desta terça-feira, uma residência do ex-presidente foi alvo de busca e apreensão por suspeita de falsificação de documentos.
Especificamente, Bolsonaro, sua esposa Michele e sua filha Laura teriam viajado para os EUA com documentos falsos de vacinação. Ainda de acordo com a Polícia Federal, está confirmado que os documentos foram adulterados.
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As informações foram manipuladas no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e Rede Nacional de Dados em Saúde durante a pandemia de covid-19.
O assessor de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, foi detido. Ele e outros assessores, além do presidente, estão sendo investigados por infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.
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Segundo informações, o ex-presidente estaria "desesperado" com a visita da Polícia Federal e ordenou que todos os seus assessores fossem à Brasília ainda hoje.
"Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19", diz a PF em nota.
Silêncio
De acordo com a coluna de Monica Bergamo na Folha de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro deve ficar em silêncio em seu possível depoimento à Polícia Federal que seria feito no dia de hoje, às 10h.
"Bolsonaro vai exercer o direito de ficar calado", afirmou o advogado Paulo Cunha Bueno, que defende Jair Bolsonaro.