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Jair, Michelle e Laurinha: três carteirinhas de vacinação teriam sido falsificadas em esquema de Bolsonaro

Entenda quais as consequências de supostos crimes de Bolsonaro investigados pela Polícia Federal

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Nesta terça-feira (3), o ex-presidente da República Jair Bolsonaro acordou com a Polícia Federal na sua porta. Ele está sendo investigado por um suposto esquema de falsidade ideológica,  em que suas carteirinhas de vacinação teriam sido falsificadas no sistema do SUS para que ele e sua família pudessem viajar para os EUA.

Desde o início da vacinação contra covid-19, Washington exige que visitantes no país mostrem comprovantes de vacinação contra a doença. Bolsonaro, que, em reiteradas oportunidades disse que não iria se vacinar, aparentemente falsificou um certificado de vacinação para poder entrar nas fronteiras estadunidenses.

Porém, o crime foi com a família toda. Segundo as especulações da Polícia Federal, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a filha do casal, Laura Bolsonaro, de 12 anos de idade, também foram beneficiadas pelo esquema.

"Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19", diz a PF em nota.

Caso de fato fique comprovado que Bolsonaro e Michelle não vacinaram sua filha durante a pandemia, o casal pode acabar sofrendo represálias legais, como multa e suspensão da guarda de Laura. Além disso, a falsificação de documentos coletiva pode também ser enquadrada como corrupção de menores.

Nos EUA, os três podem responder por crimes também em solo estadunidense. Segundo a Embaixada dos EUA "não receberá o benefício imigratório" e "poderá enfrentar multas ou prisão" o estrangeiro que entrar com documentos falsos. A jurisprudência do país fala em mandado de prisão de 10 anos.

De acordo com a Polícia Federal, Bolsonaro - e seu assessor e braço-direito, o tenente-coronel Mauro Cid - está sendo investigado por infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.