BOLSONARO

Bolsonaro pode ser preso a qualquer momento: PF confirma adulteração na sua carteira de vacinação

Já há confirmação de três prisões, do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens do então presidente, Mauro Cid e de dois seguranças de Bolsonaro

Bolsonaro e Alexandre de Moraes.Créditos: Antonio Augusto/Secom/TSE
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A Polícia Federal (PF) confirmou na manhã desta terça-feira (3), que foram feitas adulterações de dados na carteira de vacinação do presidente Jair Bolsonaro (PL) e também de seus parentes. As adulterações aconteceram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, quando Bolsonaro ainda era presidente.

A Operação Venire da PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva. A casa de Bolsonaro no Distrito Federal é um dos alvos das buscas. Segundo a GloboNews, celulares de Bolsonaro e da esposa, Michelle Bolsonaro, foram apreendidos.

foram efetuadas três prisões: do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens do então presidente, Mauro Cid, e de dois seguranças de Bolsonaro.

Prisão a qualquer momento

Ainda não há, no entanto, mandado de prisão contra o ex-presidente, mas ela pode ocorrer a qualquer momento. A corporação apura a atuação de uma associação criminosa que tinha como prática inserir dados falsos de vacina contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

As adulterações, de acordo com a PF, tiveram como objetivo "alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários". Uma das suspeitas é que Bolsonaro tenha tido os dados adulterados para conseguir viajar para os Estados Unidos, país que na época exigia a imunização para entrada de estrangeiros.

"Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19", diz a PF em nota.

Segundo a PF, quatro crimes são investigados: infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores, pois uma das carteiras adulteradas é a de Laura, filha de Bolsonaro e Michelle, de 12 anos.