O presidente da CPI do MST, deputado bolsonarista Tenente Coronel Zuco (Republicanos-RS), negou um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da chacina de Pau d’Arco, na Fazendo Santa Lúcia, no Sudeste Pará, ocorrida há exatos 6 anos. Na ocasião, dez trabalhadores rurais foram assassinados numa operação realizada por policiais civis e militares.
O minuto foi solicitado pela deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ), após fala na qual recordou o ocorrido e pediu justiça pelas vítimas. O pedido foi interrompido, aos berros, pelo também bolsonarista Éder Mauro (PL-PA).
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"O que acontece nessa CPI é um capítulo vergonhoso para a nossa democracia: quando eu e Sâmia Bomfim tentamos falar sobre os crimes contra trabalhadores rurais, o microfone foi desligado. Como podemos ver, não cortaram o microfone do deputado Éder Mauro, quando protagonizou essa cena lamentável para a história do parlamento brasileiro", protesta Talíria.
A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffman (RS), também comentou a negativa do bolsonarista pelas redes sociais.
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"Que gente ruim!", lamentou a parlamentar.
Quinta CPI para investigar o MST
A CPI do MST começou a funcionar no dia 17 de maio. Trata-se da quinta Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais sem Terra (MST) no Congresso Nacional.
Dos 54 integrantes da CPI do MST 40 são ruralistas e apenas 14 governistas. A criação do colegiado tem sido alardeada desde o início da atual legislatura na Câmara, sob a liderança da 'Bancada do Boi', representada pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
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