A CPI do MST, formada iminentemente por bolsonaristas, começou com uma sucessão de baixarias, xingamentos e grosserias com um único objetivo: criminalizar o movimento.
A intenção é atacar os sem-terra, o governo e a esquerda em geral. A comissão, de acordo com a coluna de Bernardo Mello Franco, é um consórcio entre a bancada ruralista e a bancada da bala. Os dois grupos indicaram o presidente, o relator e a maioria dos titulares e suplentes.
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O tenente-coronel Luciano Zucco vai comandar os trabalhos. Ele deixou claro que não pretende esperar a investigação para dar a sentença. “Esta CPI vai mostrar que o MST não é um movimento social, e sim criminoso”, disse.
O relator será o ex-ministro de Ricardo Salles, que já defendeu receber os sem-terra à bala e já defendeu o uso do fuzil como antídoto “contra a esquerda e o MST”.
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O delegado Éder Mauro se referiu aos sem-terra como “bandidos”, “marginais” e “desocupados”. “É um verdadeiro movimento de terroristas”, disse entre palavrões na abertura da CPI.
Já o coronel Chrisóstomo Moura mandou os sem-terra tomarem “cuidado”. “Vagabundo não se cria no nosso estado”, emendou o coronel Jonildo Assis, ex-comandante da PM de Mato Grosso.
A exceção, por enquanto, ficou por conta da deputada Sâmia Bonfim, que detonou a indicação de Ricardo Salles como relator. “O deputado Ricardo Salles tem interesse econômico relacionado a essa pauta”, disse ela, debaixo de vaias dos agrotoscos.
Com informações da coluna de Bernardo Mello Franco