A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta sexta-feira (12), operação de busca e apreensão na casa de Marcelo da Silva Vieira. Ele era o responsável pela classificação de presentes recebidos pelo presidente da República no governo de Jair Bolsonaro (PL).
Funcionário do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência da República desde o governo de Michel Temer, Vieira foi demitido em janeiro deste ano. Sua função era a de revisar o que poderia ser aceito como presente para o acervo privado presidencial.
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No mês passado, Vieira falou à Polícia Federal sobre o caso da liberação de joias dadas pelo governo da Arábia Saudita. Durante o depoimento, ele relatou que Bolsonaro participou de uma ligação na qual seu ajudante de ordens, Mauro Cid, solicitou que ele assinasse um ofício visando a liberação de um estojo de joias que havia sido dado pelo governo da Arábia Saudita e que tinha sido retido pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos.
As informações são da coluna de Lauro Jardim.
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Entrega do celular
O repórter Bruno Tavares, da GloboNews, informa que, na época de seu depoimento, Marcelo e seus advogados se comprometeram a entregar seu celular. Os dias passaram, o aparelho não foi entregue, o delegado cobrou o celular e o advogado disse que pensou melhor e afirmou que não iria entregar.
A PF pediu, então, à Justiça, busca e apreensão na casa do Marcelo. Um juiz de Guarulhos negou, mas o Ministério Público Federal (MPF) recorreu e o TRF3 autorizou. É essa busca e apreensão que ocorre nesta sexta-feira.
De acordo com a PF, o celular pode esclarecer, nas trocas de mensagens, detalhes que faltam para apurar a participação do Presidente nesse caso.