JUSTIÇA

VÍDEO – Dino explica por que quer incluir Dallagnol no inquérito das fake news

Ministro da Justiça usou do bom humor, como na CCJ na última semana, para falar sobre calúnias que recebeu do ex-procurador da Lava Jato

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública.VÍDEO – Dino explica por que quer incluir Dallagnol no inquérito das fake newsCréditos: Lula Marques/Agência Brasil
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O ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, enviou uma representação ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a inclusão do ex-procurador da Lava Jato e atual deputado federal, Deltan Dallagnol, no inquérito das fakes news. Ele falou com jornalistas em Brasília nesta quarta-feira (5) e explicou a razão do pedido.

“Fiz essa representação na medida em que ele ele, infelizmente, em algumas entrevistas, repetiu o disparate de que a minha ida ao Complexo da Maré teria derivado de um acordo com o crime organizado. Eu tenho biografia, respeitabilidade profissional, ficha limpa e portanto não aceito que ninguém, absolutamente ninguém, invente ou propague uma calúnia dessa dimensão”, declarou o ministro.

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Em entrevista recente, Dallagnol afirmou que a visita de Dino ao Complexo da Maré só seria possível através de um acordo com o crime organizado. Além disso, reavivou em outra declaração a velha teoria conspiratória de que o PT teria laços com o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das principais facções criminosas do Brasil.

Ainda na rápida conversa com jornalistas, Dino foi perguntando se a inclusão de Dallagnol no inquérito não seria algo pessoal e, em caso de resposta negativa, por quê não incluiria também o deputado André Janones (Avante-MG). A resposta de Dino foi um misto de aula de Direito, bom humor e ironia, lembrando trechos da sua ida à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na última semana.

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“Não é uma questão pessoal, jamais. Tanto que fiz o mesmo contra diversos parlamentares que sequer conheço. Agora, eu espero que os deputados e senadores reflitam sobre a imunidade parlamentar, que não pode ser desviada da sua finalidade para encobrir abusos. Imunidade parlamentar não é escudo para cometimento de crimes (…) O Janones não me ofendeu, então não posso incluí-lo. É uma questão técnica e jurídica, e não pessoal. Em crimes contra a honra é necessário que a vítima tome a iniciativa. Então não é uma questão pessoal, é técnica, e está no artigo 145 do Código Penal”, explicou.