Em entrevista ao Fórum Onze e Meia desta sexta-feira (31), o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública Ricardo Cappelli falou sobre os desafios enfrentados na área.
Cappelli atuou como interventor federal na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro e cumpre um papel central no Ministério da Justiça.
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"Foi difícil se segurar"
O secretário também ganhou repercussão na imprensa e nas redes sociais por sua presença na audiência com o ministro Flávio Dino (PSB-MA) na Comissão de Constituição e Justiça.
Durante a sessão, o chefe da pasta deu respostas ácidas e assertivas ante os questionamentos da oposição. Cappelli, que estava atrás de Dino, caiu na gargalhada em diversos momentos da audiência. “Foi difícil segurar”, disse o secretário.
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O secretário afirmou que o debate não foi produtivo por conta da oposição. “Não é uma lógica do debate conceitual, do debate de projeto de país. O objetivo é buscar um clique a qualquer preço. Isso não sustenta”, disse. “Essa é uma oposição muito frágil. Infelizmente”, completou.
“Eu digo infelizmente porque a oposição, em um estado democrático, ela cumpre um papel importante. Ela fiscaliza, ela ajuda na construção de propostas”, afirmou.
Ele relembra que, no próximo dia 11, o ministro Flávio Dino será novamente ouvido na Câmara. “O ministro não tem receio, nenhuma preocupação com qualquer tipo de debate”, relembra. Preparem a pipoca!
Desafios do governo
O secretário citou alguns projetos encabeçados pela secretaria, mas relembrou que a pasta também tem tido dificuldades. “Não tem tédio no ministério”, disse.
Após a crise dos yanomami, do 8 de janeiro e da bomba da Operação Sequaz, Cappelli relembra que o governo tem diversas missões a cumprir. Um deles é fortalecer e voltar a construir as Casas da Mulher Brasileira, que oferecem acolhimento para vítimas de violência de gênero, em parceria com o Ministério da Mulher.
Outra missão do governo, em parceria com o Ministério da Defesa, é a criação do AMASS, um projeto que busca fortalecer a segurança pública e a soberania do país no Norte do país. Além disso, o governo deseja regulamentar, junto à Câmara, um novo marco legal para o uso de armas no país.
“Armação é a tentativa de associar PT e PCC”
O secretário também comentou as recentes declarações do presidente Lula sobre a Operação Sequaz, comandada pela Polícia Federal, que está sob controle do seu ministério.
“Quando o presidente fala em armação, ele fala da tentativa de tentar ligar o PT ao PCC. Agora, houve um inquérito da PF e tomou as providências que tinham que ser tomadas”, disse Cappelli.
“As tentativas de ligar o PCC ao PT são inaceitáveis e cretinas, próprias de uma extrema-direita que foi derrotada nas eleições”, completou o Secretário.
Veja a entrevista de Capelli no Fórum Onze e Meia: