AUTONOMIA

Amazônia: a diferença entre Marina Silva e Bolsonaro na defesa da soberania frente aos EUA

Durante encontro com representante do governo estadunidense, a ministra do Meio Ambiente deu uma aula de como fazer parcerias sem entreguismo

Amazônia: a diferença entre Marina Silva e Bolsonaro na defesa da soberania frente aos EUA.Créditos: Agência Brasil
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O governo do ex-presidente Bolsonaro (PL) se notabilizou por impor uma destruição em várias áreas do Brasil. É difícil estabelecer quais foram as mais afetadas pelo negacionismo bolsonarista, mas pode-se destacar o abandono da ciência e o entreguismo da Amazônia para interesses privados e estrangeiros. 

Com a ministra Marina Silva à frente do Ministério do Meio Ambiente, o Brasil deixa para trás a era do "vamos passar a boiada", frase do antigo ocupante da mesma cadeira, Ricardo Salles, e passa atuar com altivez. De um lado a soberania, do outro o entreguismo. 

Em 2020, durante encontro Fórum Econômico Mundial, Bolsonaro teve um rápido diálogo com Al Gore, que foi vice-presidente de Bill Clinton (1993-01), onde falou sobre entregar a Amazônia para os EUA. 

"A Amazônia não pode ser esquecida. Temos muitas riquezas. E gostaria muito de explorá-la junto com os Estados Unidos", diz Bolsonaro a Al Gore, que responde: "eu não entendi o que você quis dizer". 

Nesta quarta-feira (1), Marina Silva se encontrou com John Kerry, responsável pelos assuntos climáticos do governo Biden, para tratar de possíveis parcerias entre Brasil e EUA. Em determinado momento, Kerry afirma que "a Amazônia é um tesouro que pertencem a todos". A resposta de Marina Silva para tal afirmação é uma aula de parceria com soberania. 

"Agradeço suas palavras dirigidas ao governo do Brasil. O presidente Lula tem um compromisso com o desmatamento zero até 2030. Temos completa clareza da responsabilidade que temos com esse território tão importante do nosso país que é Amazônia. Nossa soberania impõe responsabilidade e entendemos o caráter que a Amazônia tem de equilíbrio do planeta, mas temos a clareza da soberania sobre esse território e buscamos ajuda, mas uma ajuda soberana com a qual queremos compartilhar a responsabilidade da proteção em bases econômicas, tecnológicas, de recursos. E compreendendo que é um esforço de proteção das florestas do mundo", declarou Marina Silva.