Dados obtidos pela Agência Pública via Lei de Acesso à Informação (LAI) mostram que diversos golpistas visitaram o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) entre a vitória de Lula no segundo turno e o fim do governo Bolsonaro, em 31 de dezembro de 2022.
O órgão controlado pelo General Augusto Heleno recebeu diversas visitas ao longo do período. Algumas eram oficiais e relacionadas à segurança. Outras, nem tanto.
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Um exemplo é a de Romário Garcia Rodrigues, conhecido nas redes como “Gay Nordestino Bolsonariano”, que foi preso nos atos de 8 de janeiro.
No dia 18 de novembro de 2022, ele visitou o gabinete. No mesmo dia, dois apoiadores de Jair Bolsonaro também visitaram o local: eram Taís Avelar Numeriano de Sá, empresária apoiadora do ex-presidente, e o youtuber Michel Ivonoe Santos Fontes, que esteve no 8 de janeiro, mas não foi preso.
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Uma dia antes, um ex-assessor do deputado Carlos Jordy (PL-MG), Tacimar Hoendel Silva de Holanda, foi outro dos visitantes no GSI de Heleno.
“Se for preciso a gente acampa, mas o l@drãO [sic] não sobe a rampa”, publicou ele nas redes sociais, uma hora depois do encontro, segundo a Pública.
O general-de-divisão da reserva do Exército Humberto Francisco Madeira Mascarenhas também visitou o GSI dias antes, no dia 8 de novembro. Ele assinou uma carta aberta, de teor golpista, endereçada aos comandantes das Forças Armadas, junto de outros 220 militares.
As visitas reforçam as suspeitas contra General Heleno e contra o GSI. A Fórum revelou com exclusividade em uma série de reportagens que mostram a ação do órgão em favor dos acampamentos golpistas e dos atos antidemocráticos contra o governo Lula.