Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser, advogados de Jair Bolsonaro (PL), entregaram na manhã desta sexta-feira (24) no setor de penhoras de uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF) em Brasília o conjunto de joias no valor de R$ 400 mil doados pela ditadura da Arábia Saudita e surrupiado pelo ex-presidente brasileiro.
A entrega dos objetos, que pertence ao acervo da Presidência, foi feita no último prazo estipulado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que obrigou a devolução das joias. Bolsonaro ainda tem que entregar nesta sexta o fuzil e a pistola que ganhou nos Emirados Árabes em uma superintendência da Polícia Federal.
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O valor das joias, no entanto, já é inferior ao gasto do ex-presidente que, desde o fim de dezembro, decretou férias nos EUA para não entregar a faixa presidencial a Lula.
Até o momento, Bolsonaro já torrou pelo menos R$ 547.865 em recursos da Presidência da República nas férias nos EUA - cerca de R$ 150 mil a mais que o valor das joias entregues na Caixa.
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O valor, no entanto, é referente apenas a diárias, passagens e seguro viagem dos servidores que acompanham o ex-presidente nos EUA, como o assessor Max Guilherme.
No total, 42 servidores foram beneficiados com as férias de Bolsonaro nos EUA. A união ainda pagou 47 viagens a assessores para encontrar o ex-presidente.
Segundo dados divulgados pela revista Veja, 12 das 47 viagens custaram acima de R$ 20 mil aos cofres públicos, sendo R$ 73 mil o valor mais alto gasto até o momento, referente ao deslocamento e a permanência por 15 dias em Orlando de um capitão da reserva do Exército na função de assessor especial da Presidência.
A justificativa registrada no sistema foi atender Bolsonaro quanto aos serviços de “assessoria, segurança e apoio” na cidade de 1º a 15 de janeiro.