Cercada de um batalhão de seguranças, Michelle Bolsonaro deixou o evento de posse na Presidência do PL Mulher nesta terça-feira (21), onde esteve ao lado de Valdemar da Costa Neto, presidente da sigla, cantarolando para não responder às perguntas sobre as joias sauditas dadas ao clã pela Ditadura saudita.
A ex-primeira-dama também faz coro com Costa Neto quando o assunto é a volta - ou não - ao Brasil do marido, que chorou em live no início do evento de posse da esposa do ostracismo que se impôs nos EUA para não entregar a faixa presidencial a Lula.
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Após pesquisa interna feita pelo partido que mostra que a popularidade de Bolsonaro entre apoiadores não sofreu grande abalo com a fuga aos EUA, Michelle e Costa Neto defendem que o ex-presidente continue por lá.
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Segundo Malu Gaspar, no jornal O Globo, o temor de Michelle e Costa Neto é que a volta ao Brasil colocará Bolsonaro na mira do PT e de Lula, que usaria o ex-presidente para desviar a atenção sobre os desgastes sofridos pelo governo, especialmente na área econômica.
Para a dupla que comanda o PL, o momento é de fortalecer os ataques a Lula e ao governo, deixando Bolsonaro de lado, em agenda com conservadores nos EUA.
A estratégia conta com o apoio do filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que defende que o pai faça uma turnê para estabelecer contatos com líderes políticos da extrema-direita no mundo.
Além disso, é claro, existe o temor de um possível desgaste - e até mesmo uma eventual prisão - de Bolsonaro por causa das investigações sobre as joias árabes. Assunto que a ex-primeira-dama segue ignorando.