Em entrevista ao Fórum Onze e Meia desta quarta-feira (22), o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini avaliou o início do governo Lula.
O ex-ministro do Trabalho, das Comunicações e representante de São Paulo na Câmara dos Deputados durante quatro mandatos afirma que o governo enfrentará uma “conjuntura duríssima”.
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Para Berzoini, não será possível fazer um governo somente pelas vias da política institucional. “Vamos enfrentar um governo duríssimo, com uma conjuntura duríssima, com fisiologismo a todo vapor e com a extrema-direita tentando capturar o centrão”, disse o ex-parlamentar.
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Berzoini - que já ocupou a presidência do partido e postos como ministro - normalizou o conflito entre Haddad e Gleisi, e reforçou que pautas mais avançadas terão de ser debatidas com a sociedade.
Para o político, um dos pontos principais de inflexão ocorrerá no debate sobre os impostos e a âncora fiscal do novo governo.
"Se quisermos algo mais do que isso [a atual reforma tributária], cumprir o que o Lula falou na campanha e colocar o rico no imposto de renda, tem que ter mobilização. Via Congresso Nacional à frio, não haverá”, disse o sindicalista.
Ele atentou para um possível “encastelamento” dos políticos progressistas. “Depois das eleições, você vai pra dentro do Congresso Nacional. E depois, quando tem uma crise política, você quer mobilizar de novo a população. Mas não se pode parar de mobilizar”, afirmou Berzoini.
“Nossa missão é com o povo. Nossa missão é dialogar com o povo permanentemente. Eu sei que não é fácil conciliar a vida institucional com esse planejamento. Não podemos nos perder em questões internas. Nosso debate é com a população”, completou.
Confira a entrevista completa de Ricardo Berzoini ao Fórum Onze e Meia: