Quando Fernando Haddad (PT) foi escolhido para ser ministro da Fazenda, os setores da mídia liberal cravaram: o seu nome não era o certo. O ex-prefeito de São Paulo era visto como uma ameaça ao mercado dentro de um dos principais postos do governo.
Mas durante os 80 dias de governo, Haddad se demonstrou bastante alinhado com uma política contracionista fiscal. Defensor de uma regra rígida para os gastos públicos e líder de uma reforma fiscal conservadora, ganhou o apreço de um velho inimigo: Paulo Guedes.
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Segundo a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, o ex-ministro da Economia de Jair Bolsonaro elogiou o novo chefe da pasta em reuniões com empresários.
Nas últimas semanas, Haddad foi criticado por setores mais à esquerda do PT, como a própria Gleisi Hoffmann, presidente do partido.
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Guedes teria, inclusive, elogiado a postura do ex-prefeito, destacando sua "firmeza" durante o embate com a chefe partidária. E ainda lhe apelidou de "liberal enrustido".
Além disso, o bolsonarista também teria afirmado que a transição de ministérios foi tranquila, e que houve bastante diálogo e colaboração entre os pares.
O atual ministro tem enfrentado uma forte pressão do mercado e dos setores populares para revelar a nova âncora fiscal do governo federal. Ele já sugeriu que saúde e educação ficarão de fora da nova regra fiscal.
Haddad pretende esclarecer qual será a nova regra fiscal a ser enviada ao Congresso Nacional antes da viagem do presidente Lula para a China, marcada para a próxima semana.
A medida é considerada essencial para definir expectativas sobre investimentos públicos, desemprego, crescimento econômico e empregos durante os próximos quatro anos de governo.