BOLSA FAMÍLIA

Haddad diz que insistirá na PEC da Transição: "Sempre jogo no plano A"

Gilmar Mendes excluiu Bolsa Família do teto de gastos, mas Haddad afirmou que governo eleito seguirá buscando aprovação da medida, que deve ser votada na Câmara nesta terça

Créditos: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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Quando anunciou o nome de Fernando Haddad (PT) para o Ministério da Fazenda no último dia 9, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou claro que esperava um ministro com capacidade técnica, mas também com visão política. "Espero que Haddad fale sobre mercado, mas também falar sobre as necessidades do povo, problemas sociais", disse Lula. Nesta semana o futuro ministro já mostra a que veio.

Perguntado nesta segunda (19) sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes de excluir a verba do Bolsa Família do teto de gastos, Haddad foi categórico. Disse que o governo eleito seguirá buscando a aprovação da PEC da Transição junto ao Congresso Nacional, pois sempre joga no "plano A".

Robustez

"No que me diz respeito, a negociação permanece porque é importante para o país apostar na boa política, na negociação e na institucionalidade para a gente dar robustez para a politica econômica que vai ser anunciada e que vai aplacar os ânimos e mostrar que o Brasil vai estar no rumo certo a partir de 1º de janeiro", declarou Haddad.

Apesar de ver "conforto" para os beneficiários do Bolsa Família na decisão, garantindo que o programa não tenha nenhum tipo de prejuízo, Haddad considera importante para o novo governo que a PEC seja aprovada. "É muito importante dar o conforto para as famílias de que não haverá nenhum tipo de prejuízo do programa mais exitoso criado pelo presidente Lula, de transferência de renda. Dá conforto para as famílias. É muito importante, mas vamos perseverar no caminho da institucionalidade e da boa politica", afirmou.

Negociações

Na noite deste domingo (18), Mendes determinou que os recursos para manutenção dos R$ 600 do Bolsa Família a partir de janeiro de 2023 podem ficar fora do teto de gastos, atendendo parcialmente um pedido apresentado pela Rede Sustentabilidade. A decisão do ministro do STF aconteceu horas após o encontro de Lula com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que se comprometeu a colocar a PEC da Transição - que também retira os investimentos sociais, como o benefício - em votação na próxima terça-feira (19).