Comemorado pela mídia liberal como um "economista do mercado", a indicação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para assumir o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central, Rodolfo Fróes da Fonseca Almeida e Silva tem relações profundas com o pequeno grupo de endinheirados do Brasil e sinaliza ser adepto à política neoliberal radical defendida pelo Partido Novo, que apoiou de forma ferrenha as propostas e projetos de Paulo Guedes no Congresso Nacional.
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Fróes vai assumir o lugar de Bruno Serra Fernandes, indicado por Bolsonaro em 2019 para assumir o principal posto da política monetária do BC, responsável por coordenar o Comitê de Política Monetária, o Copom, que decreta a taxa Selic de juros, principal alvo das críticas de Lula para impedir o desenvolvimento econômico e social do país.
Nas eleições de 2018, o economista doou R$ 5 mil a candidatura a deputada federal de Paulo Ganime, que se elegeu deputado federal pelo Partido Novo. A doação de Fróes consta entre as principais ajudas privadas obtidas pelo político do Novo - que foi candidato ao governo do Rio de Janeiro em 2022 - no portal de transparência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Com forte atuação no mercado financeiro, Fróes é sócio em 8 empresas que se encontram ativas, a maioria delas na linha de consultoria financeiro, que somam um ativo de R$ 111.339.376,00.
Entre as empresas, uma das principais é a Flow Participações, fundada em fevereiro de 2003, e que tem como sócio-administrador, juntamente com Fróes, Jorge Felipe Leman, filho de Jorge Paulo Lemann.
Em seu perfil no Linkedin, Fróes também diz ser "conselheiro do Banco Fator, onde atuei anteriormente como vice-presidente executivo". Ele teria deixa a instituição, segundo o perfil, em junho de 2021.
Após registrar prejuízos por dois anos seguidos, o Banco Fator vendeu em 2021 sua corretora de valores para o BTG Pactual, banco que foi fundado por Paulo Guedes.
Além de Fróes, Haddad indicou Rodrigo Monteiro, funcionário de carreira do BC, como diretor de fiscalização. Ele vai ocupar o lugar de Sérgio Neves de Souza, também funcionário de carreira da instituição, que foi indicado para o cargo por Michel Temer (MDB) em 2017.