EXÉRCITO

Joias de Bolsonaro: sabe o que as Forças Armadas vão fazer sobre o caso? Nada

Ao menos seis militares da Marinha e do Exército estão envolvidos diretamente tanto no transporte quanto na tentativa de resgate na PF das joias

Bolsonaro e o coronel Mauro Cid.Créditos: PR
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Nem o Exército e nem a Marinha abriram, nos últimos dez dias, sindicância alguma para apurar o comportamento de seus militares no caso das joias da Arábia Saudita no valor de R$ 16,5 milhões que seriam presentes para o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

E também não pretendem abrir. De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, as duas forças não aventam possibilidade de conduzir investigações próprias sobre o tema, com foco em eventuais descumprimentos de seus quadros a normas internas, como as do Estatuto dos Militares

Vários militares das duas armas estão envolvidos no escândalo, tanto no transporte, quanto na tentativa de resgate na Receita Federal das joias, que segundo disse o próprio ex-ministro Bento Albuquerque em vídeo feito ainda no aeroporto, seriam para Michelle:

Da Marinha aparecem Bento Albuquerque (almirante); Marcos André Soeiro; Jairo Moreira da Silva (primeiro-sargento) e José Roberto Bueno Júnior (contra-almirante). Do Exército, apareceram Mauro Cid (tenente-coronel) e Cleiton Holzschuk (segundo-tenente).

Apurações externas

Os dois comandos consideram que já há apurações externas em curso (como na PF e no TCU) e que esse é o curso a ser seguido. O Exército, ao ser questionado sobre Mauro Cid, ainda acrescenta que “o militar encontrava-se em cargo fora da Força” e que, portanto, “o processo investigativo deve ser instaurado pelo órgão ao qual ele estava subordinado” (a Presidência da República, onde o militar atuava como ajudante de Bolsonaro).

Com informações da coluna de Lauro Jardim