Há convocações nas redes para atos em diversas cidades do país para o próximo dia 8 de janeiro, segundo o Ministério da Justiça. O secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, no entanto, afirma que as adesões são muito baixas e não causam preocupações. Por enquanto. O governo segue monitorando.
Os atos antidemocráticos do início deste ano ainda preocupam. Por iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Brasília vai sediar no dia 8 um evento no Senado com chefes dos três poderes e governadores. O objetivo é marcar a data.
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A organização está a cargo de Flávio Dino, que fica no ministério da Justiça até essa data. Em fevereiro, ele deve ser empossado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Alencar disse à Folha que "há sinais detectados que estão chamando [atos], mesmo depois de toda a gravidade do que aconteceu e da consequência, com a prisão de pessoas. Ainda assim você tem indicativos abertos chamando para manifestações em todos os estados".
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"Não tem nenhum sinal objetivo de que há algo consistente que ocorrerá no dia 8 de janeiro. Mas nós não podemos nos fiar nisso. Eu acho que todos aprendemos que qualquer cautela não é excessiva, é sempre adequada."
Segundo Alencar, há no DF questões "pontuais". "Tem uma manifestação no Instagram, numa rede social, mas assim, nada que você detecte que é algo que tenha uma organicidade maior", disse ainda.
"Mas volto a dizer, a gente não pode dizer que isso não esteja acontecendo, que não está sendo, que habitualmente pode não estar sendo detectado", afirma.
Plano de segurança
No próximo dia 4 deverá ocorrer uma reunião entre representantes da PRF, da Polícia Federal, da Força Nacional, da Secretaria de Segurança Pública do DF, do Senado, da Câmara dos Deputados, do Supremo e do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Na ocasião será finalizado um plano de segurança.
De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, "o que a gente tem monitorado é ameaça, ataques a instituições democráticas e as instituições, mas até agora não há nada que preocupe", disse.
Com informações da Folha