Prestes a deixar o Ministério da Justiça para assumir a vaga deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino foi às redes sociais na manhã desta segunda-feira (25) comemorar a prisão de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe da maior milícia do Rio de Janeiro, pela Polícia Federal (PF).
Após a PF realizar diversas operações para sufocar a atuação dos milicianos no Rio, Zinho se entregou na Superintendência da PF na capital fluminense na tarde deste domingo (24). Ele estava foragido desde 2018 e tinha 12 mandados de prisão.
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"Registro mais um importante resultado do trabalho sério e planejado que está sendo executado no Rio de Janeiro e em outros estados, no combate às facções criminosas", escreveu Dino na rede X, antigo Twitter.
O ministro da Justiça, que fica no cargo até o dia 8 de Janeiro, lembrou na publicação que Zinho comandava a milícia que atua na região de Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, na Zona Oeste do Rio, desde 2021, uando assumiu o posto deixado pelo irmão, Wellington da Silva Braga, o Ecko, que foi morto.
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"No fim da tarde deste domingo, 24/12, a Polícia Federal, com apoio da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, efetuou a prisão do miliciano mais procurado do estado do Rio de Janeiro. O preso - que estava foragido desde 2018 - é considerado o líder da milícia que atua na Zona Oeste da cidade. O preso se apresentou aos policiais federais da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ) e do Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas da Polícia Federal (GISE/PF)", emendou Dino.
Milicianos em Bangu
Após se entregar à PF, Zinho foi conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) para exames e, em seguida, transferido para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Ele está na Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, conhecida como Bangu 1, de segurança máxima, na galeria reservada a milicianos.
O miliciano se entregou à PF seis dias após a última operação da PF, que teve como alvo a deputada estadual Lucia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD).
Segundo a Polícia Federal, a prisão de Zinho ocorreu após "tratativas entre os patronos" do miliciano, a PF e a recém recriada Secretaria de Segurança Pública.
Afastada do cargo na Assembleia Legislativa do Rio, Lucinha era identificada pelos milicianos como "madrinha" e atuava para tentar proteger os integrantes das facções criminosas das autoridades. Em telefonemas interceptados pela PF, a parlamentar chegou a mandar "beijos" e desejar que os milicianos "ficassem com Deus".