MINISTRO DA JUSTIÇA

Após acionar Força Nacional, Dino manda novo recado aos golpistas, que planejam mais atos

Cerca de 4 mil bolsonaristas radicais foram a Brasília com o objetivo de promover ações de cunho antidemocrático

O ministro da Justiça, Flávio Dino.Créditos: Isaac Amorim/MJSP.
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Diante da mobilização de radicais apoiadores de Jair Bolsonaro, que planejam mais atos de cunho golpista, o ministro da Justiça, Flávio Dino, mandou um novo recado àqueles que pretendem atentar contra a democracia. 

Através das redes sociais, na manhã deste domingo (8), Dino afirmou que espera que a polícia "não precise atuar". No sábado (7), o ministro já havia autorizado ação da Força Nacional contra os golpistas, que não aceitam a derrota de Bolsonaro na eleição e querem remover o presidente Lula (PT) do poder. 

"Ontem conversei com governadores, inclusive que não são do nosso campo político. Queremos que a LEI prevaleça e não haja crimes. Estou em Brasília, espero que não ocorram atos violentos e que a polícia não precise atuar. 'Tomada do Poder' pode ocorrer só em 2026, em nova eleição", escreveu Dino. 

Uso da Força Nacional

O ministro da Justiça, Flávio Dino, divulgou em suas redes sociais, neste sábado (7), novas medidas para combater mais uma ameaça antidemocrática feita por bolsonaristas, que marcaram ações golpistas para este domingo (8) e segunda-feira (9). 

“Além de todas as forças federais disponíveis em Brasília, e da atuação constitucional do Governo do Distrito Federal, teremos nos próximos dias o auxílio da Força Nacional. Assinei agora Portaria autorizando a atuação, em face de ameaças veiculadas contra a democracia”, postou Dino, no início da noite de sábado.

Antes, ele já havia destacado o seguinte, também nas redes sociais: “Sobre uma suposta ‘guerra’ que impatriotas dizem querer fazer em Brasília, já transmiti as orientações cabíveis à PF e PRF. E conversei com o governador Ibaneis e o ministro Múcio”.

Vários ônibus com bolsonaristas desembarcaram em Brasília, neste sábado, para promover mais um ato antidemocrático no fim de semana. A maioria dos veículos partiu de Mato Grosso e Espírito Santo. Estima-se que cerca de 4 mil pessoas chegaram à capital federal. 

Entre os grupos bolsonaristas, o protesto deste fim de semana está sendo tratado como uma “guerra”. Foram convocados, inclusive, aqueles que possuem armamentos, os Colecionadores Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs).