TERROR BOLSONARISTA

Exclusivo: Edinho Silva confirma que Janja ajudou Lula a entender gravidade dos atos terroristas do 8 de janeiro

Em entrevista ao Fórum Onze e Meia, prefeito de Araraquara contou bastidores da reação de Lula ao ser comunicado sobre atos terroristas de apoiadores de Bolsonaro quando visitava a cidade do interior paulista.

Janja e Lula.Créditos: Ricardo Stuckert
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Em entrevista ao Fórum Onze e Meia, o prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT), revelou os bastidores da reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro. O presidente estava em viagem oficial à cidade, que sofre com as enchentes, quando foi avisado das ações de apoiadores extremistas de Jair Bolsonaro (PL) no Palácio do Planalto, Congresso Nacional e edifício-sede do Supremo Tribunal Federal (STF).

Um dos coordenadores da comunicação na campanha de Lula, Edinho afirmou que as atuações da socióloga Rosângela Silva, a Janja, e de outros ministros que estavam na comitiva ajudaram Lula a entender a gravidade de atos terrorista e a descartar a Garantia da Lei e da Ordem, a GLO, medida desejada pelos golpistas para que os militares assumissem o poder em uma espécie de intervenção.

"Estávamos aqui ele [Lula], o ministro [do Trabalho] Luiz Marinho, o Waldez [Góes, da Integração Nacional], o ministro [das Cidades] Jader [Barbalho Filho], o Paulo Okamoto [presidente do Instituto Lula] e, claro, a Janja que como sempre fez intervenções extremamente lúcidas e ajudou muito na compreensão da gravidade daquele momento", afirmou Edinho.

Sem dar nomes - por uma questão da relação de confiança com Lula -, o prefeito de Araraquara confirmou que houve quem defendesse a GLO, mas que a saída civil para a crise, que tinha Janja como uma das defensoras, saiu vitoriosa.

"É verdade que a Janja ajudou muito nas ponderações. [...] No sentido de ponderar tudo o que ela tinha lido, de tudo que ela tinha estudado durante a transição, porque ela foi uma figura importante na produção da posse, ela liderou, então ela estudou muito. Ela leu. E tinha todo aquele cenário de ocupação da frente dos quartéis", contou.

"Quis o destino - e quem tem fé quis Deus - que Lula estivesse aqui, distante daquela tensão toda e pudesse ter a racionalidade para dizer GLO não porque é uma saída no campo das forças e 'eu quero uma saída no campo da política', no campo da construção da democracia pelas forças civis do país, pela representação civil", emendou Edinho. 

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