A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Claudia Bucchianeri suspendeu nesta quinta-feira (1º) a propaganda eleitoral de Bolsonaro (PL) que traz Michelle Bolsonaro, a primeira-dama, como protagonista.
O pedido de suspensão foi feito por Simone Tebet, candidata do MDB à presidência da República. Na ação, foi apontado que Michelle Bolsonaro apareceu por mais tempo no vídeo do que é permitido pela legislação eleitoral. A inserção com a primeira-dama foi ao ar no dia 30 de agosto.
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"Sua participação [de Michelle], embora claramente legítima, não poderia ter ultrapassado os 25% do tempo da propaganda na modalidade inserção, que foi ao no dia 30.08.2022, considerado o limite objetivo previsto na legislação", declarou a ministra ao conceder a decisão liminar.
Por causa da alta rejeição do eleitorado feminino com a figura de Bolsonaro, os marqueteiros do presidente apostam na imagem de Michelle Bolsonaro para reverter tal quadro.
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Na inserção que foi suspensa pelo TSE, Michelle Bolsonaro apresenta feitos do governo Bolsonaro e afirma que "juntas estamos construindo um Brasil para elas, com elas e por elas". Como a primeira-dama é enquadrada na categoria apoiadora, não pode aparecer por mais de 25% do tempo total da propaganda.
Caso a decisão seja descumprida, a ministra do TSE estipulou uma multa de R$ 10 mil.
Primeira-dama usa Palácio da Alvorada para gravar inserções
Segundo informações da revista Veja, a primeira-dama estaria utilizando as dependências do Palácio da Alvorada para gravar as inserções eleitorais.
Porém, a legislação eleitoral proíbe que inserções eleitorais sejam gravadas em dependências oficiais. Além de Michelle, Bolsonaro também tem utilizado espaços oficiais para gravar propaganda eleitoral. Ambos ignoram por total a lei.