O Datafolha mostra uma queda da diferença entre Lula e Bolsonaro de 15 para 13 pontos percentuais. Lula, que tinha 47%, passou para 45%. Bolsonaro se manteve em 32%. Ou seja, à primeira vista parece um bom resultado para o atual presidente. Não é.
Vou me explicar na sequência.
Bolsonaro gastou os 40 minutos de Jornal Nacional, o debate da Band/UOL/Folha/TV Cultura e muitos bilhões de dólares para não crescer nada desde o último Datafolha.
Ah, mas o Lula caiu 2 pontos, vai gritar o bolsonarista.
Bobagem.
Era natural que a 3ª via crescesse com a exposição de 40 minutos no JN e com o debate, onde seus candidatos são franco atiradores.
E era tão previsível que este blogueiro anunciou isso para quem assiste ao Fórum Onze e Meia. Alias, cravei que Tebet apareceria com 5%. Na mosca.
E que Ciro cresceria um pouco. E ele cresceu de 7% para 9%.
A questão é que daqui pra diante Ciro terá pouco tempo de TV e rádio e uma estrutura pequena nos estados. Tebet até tem um tempo razoável nos meios eletrônicos, mas não tem candidatos a governador e senadores importantes lhe apoiando.
Ou seja, a eleição vai voltar a ficar polarizada e o único evento importante será o debate da Globo, que só terá de fato importância se Bolsonaro e Lula participarem dele.
Ou seja, a tendência é que essa polarização atual entre Lula e Bolsonaro se mantenha.
E se isso acontecer até a reta final uma parte do eleitorado desta 3ª via pode voltar para um desses dois candidatos.
Se metade que vier a mudar de lado escolher um ou outro, Lula pode voltar a 47% dos votos totais, por exemplo, e decidir a eleição no 1º turno.
Há uma grande chance de haver 2º turno? Sim.
Mas há ainda uma boa chance de se liquidar a fatura no dia 2 de outubro? Sim.
A pesquisa Datafolha de hoje é boa pra Lula. A 30 dias da eleição ele tem 13 pontos de vantagem do 2º colocado que é o atual presidente da República e que conta com uma imensa rejeição.
O resto é papo furado.