ELEIÇÕES 2022

Calado sobre atentado a Cristina Kirchner, Bolsonaro defende arma para "pátria jamais ser escravizada"

Bolsonaro foi o único dos principais candidatos à presidência que ainda não se pronunciou sobre a tentativa de assassinato da vice-presidenta argentina por um brasileiro.

Jair Bolsonaro em estande de tiro.Créditos: Carolina Antunes/PR
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A cada dia, Jair Bolsonaro (PL) se supera em perversidade. Incitando apoiadores com discurso de ódio contra a Argentina quase diariamente, o presidente brasileiro se calou até o momento sobre a tentativa de assassinato da vice-presidenta do país vizinho, Cristina Kirchner, cometida por um brasileiro na noite desta quinta-feira (1º).

Além do silêncio sobre o atentado, que só não foi levado à cabo porque a pistola usada pelo criminoso falhou, Bolsonaro voltou a defender armas para a população nesta sexta-feira (2) dizendo que "são a certeza de que essa Pátria jamais será escravizada”.

“Hoje vocês têm a posse e porte de arma estendido. Um orgulho nosso: dobramos o número de CACs (grupo de colecionadores, atiradores e caçadores) e hoje somos 700 mil CACs pelo Brasil. Armas de fogo são mais que a certeza familiar são a certeza de que essa Pátria jamais será escravizada”, disse o presidente durante campanha na abertura da 45ª Expointer, em Esteio (RS), na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Bolsonaro é o único dos principais candidatos à Presidência que ainda não se manifestou sobre o caso que comoveu a Argentina. Em sua declaração, ele ainda incitou apoiadores contra Lula dizendo que "não podemos aceitar que certas pessoas que deram péssimo exemplo ousem falar em voltar”, em referência ao petista.

Atualização: após a publicação desta nota, Bolsonaro se manifestou sobre o ocorrido. Clique aqui para mais informações.

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