ARGENTINA

Lula: Cristina Kirchner é vítima de fascista estimulado por violência e ódio de alguns na região

Vice-presidenta argentina foi alvo de uma tentativa de assassinato com arma cometido pelo brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel.

Lula e Janja com Cristina Kirchner na Argentina.Créditos: Ricardo Stuckert
Escrito en POLÍTICA el

Em nota divulgada nas redes sociais, Lula (PT) se solidarizou com a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, alvo de um tentativa de assassinato por um brasileiro na noite desta quinta-feira (1º) quando chegava com sua comitiva e escolta ao bairro da Recoleta, na Zona Norte de Buenos Aires, onde mora.

LEIA TAMBÉM: O que se sabe até agora do brasileiro que tentou matar Cristina Kirchner

"Toda a minha solidariedade à companheira @CFKArgentina, vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade. A Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata no mundo. Graças a Deus ela escapou ilesa", afirmou Lula.

O atentado foi cometido pelo brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel que apontou uma arma para Cristina. No momento do disparo, no entanto, a arma falhou.

"Que o autor sofra todas as consequências legais. Esta violência e ódio politico que vêm sendo estimulados por alguns é uma ameaça à democracia na nossa região. Os democratas do mundo não tolerarão qualquer violência nas divergências políticas", emendou Lula.

O atentado

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram Cristina se aproximando de uma multidão que a esperava em apoio, visto que a também ex-presidente vem sofrendo uma séria perseguição judicial no país vizinho, quando de repente um homem puxa uma pistola calibre 380 (anteriormente foi informado incorretamente ser uma .40) e ela se esquiva rapidamente, assustada. Imediatamente seus guarda-costas se jogam em cima do agressor, ajudados pela militância que estava no local.

Ministério da Segurança Pública confirmou que o indivíduo que tentou matar Cristina é um brasileiro, que segue preso na carceragem de uma unidade da Polícia Federal Argentina, no bairro de Villa Lugano. Seu caso já está nas mãos da juíza federal l María Eugenia Capuchetti, que o interrogará nesta sexta-feira (2).

Montiel já tinha sido preso em 17 de março de 2021, depois de ser parado numa blitz policial. Ele afirmou que estava trabalhando como prestador de serviços para uma empresa de telefonia, mas não tinha consigo um crachá que comprovasse isso. Os policiais, então, revistaram seu carro e acharam um facão de 35 centímetros, o que fez com que os guardas o conduzissem a uma delegacia.

Um Termo Circunstancia foi registrado em decorrência do episódio, mas meses depois a causa foi arquivada pela promotoria.

Veja vídeos do atentado