Mais detalhes do atentado contra a vice-presidente Cristina Kirchner estão sendo divulgados pela mídia argentina na manhã desta sexta-feira (2). A tentativa de assassinato a tiro aconteceu na noite anterior, quando ela chegava com sua comitiva e escolta ao bairro da Recoleta, na Zona Norte de Buenos Aires, onde mora.
O autor, Fernando Sabag Montiel, é brasileiro, mas se mudou em 1993 para o país vizinho para morar com a mãe, que é argentina. Ela. no entanto, teria morrido em 2017.
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Segundo informações do site Página 12, a arma usada por Montiel é de calibre .38 e estava carregada com cinco projéteis. No entanto, quando o criminoso apertou o gatilho, a arma falhou porque estava em mau estado de conservação, o que impediu o disparo que atingiria o rosto da vice-presidenta argentina.
Em 2021, Montiel foi preso porte de uma faca gigante, considerada uma arma ilegal na Argentina. Ele ainda responde a denúncias por violência de gênero, três acusações de maus-tratos a animais e registro de ao menos dois endereços falsos.
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Após o atentado, o brasileiro, que tem 35 anos, foi impedido de fugir por apoiadores de Cristina e preso em seguida. Ele teria parentes em São Paulo e trabalha como motorista na Argentina, além de ser vendedor de algodão-doce.
A investigação
Responsáveis pela investigação, a juíza María Eugenia Capuchetti e os promotores Carlos Rivolo e Eduardo Taiano se reuniram ainda na noite desta quinta-feira (1º) para iniciar o levantamento das informações.
Montiel atua como motorista em veículos de transporte público que funciona de maneira irregular na capital argentina.
Supostamente adepto da ultradireita neonazista - ele tem tatuado o sol negro, símbolo nazista, em um dos braços -, o brasileiro teria agido innfluenciado pelo discurso de ódio político, segundo informações preliminares.
Não há suspeitas até o momento de que ele tenha representado algum grupo. No entanto, ainda não foi descartada a hipótese de ligação com uma quadrilha de narcotraficantes brasileira.
Segundo o Página 12, a tentativa de atirar na cabeça mostra um "estilo dos pistoleiros brasileiros". O jornal ainda cita que "no Brasil atuam as duas maiores facções do continente. O Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermehlo dominam os presídios, o narcotráfico, o contrabando e já se espalharam pelo Paraguai. Há alguns indícios de sua presença, especialmente do PCC, nas prisões argentinas".