Em audiência no Senado na manhã desta terça-feira (5), o prefeito Gilberto Braga, de Luís Domingues (MA), deu detalhes sobre o pedido de propina em ouro feito pelo pastor Arilton Moura, que operava um esquema de propina para liberar recursos do Ministério da Educação a mando de Jair Bolsonaro (PL).
Outros dois prefeitos, José Manoel de Souza, de Boa Esperança do Sul (SP), e Kelton Pinheiro, de Bonfinópolis (GO), também participaram da audiência na Comissão da Educação.
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"Ele me abordou de uma forma abrupta e direta dizendo: 'olha prefeito, seu ofício aqui tá pedindo escola e vou orçá-la. Essa escola ai deve custar uns R$ 7 milhões de recursos para ser liberado. Mas é o seguinte, eu preciso de R$ 15 mil na minha mão hoje. Você faz a transferência para minha conta, porque esse negócio que para depois não cola comigo, não. Vocês políticos são um bando de malandros, que não tem palavra. Se não pegar antes, depois não paga ninguém'", contou o prefeito Kelton Pinheiro.
Pinheiro disse que sentiu "ânsia de vômito" com o pedido de propina do pastor, que atuava juntamente com o colega Gilmar Santos, no esquema de propinas na gestão de Milton Ribeiro no Ministério da Educação, por determinação de Bolsonaro.
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Ele ainda afirmou que teria recebido um "desconto" em relação a outros prefeitos. "Ele disse: é R$ 15 mil porque você está com o pastor Gilmar. Dos outros ali é R$ 30, R$ 40 mil".
Assista aos depoimentos dos prefeitos no Senado: