Em depoimento à Polícia Federal (PF), o filho 04 de Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan Bolsonaro, se eximiu da culpa na investigação sobre tráfico de influência e disse que teve seu nome usado pelo amigo, o personal trainer Allan de Lucena.
Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo nesta quinta-feira (21), Jair Renan disse que "usaram seu nome para ganhos pessoais" e que "quem resolvia tudo era Allan", em relação aos "patrocinadores" de seu escritório no estádio Mané Garrincha, onde reunia empresários com interesse em articulação com o governo.
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Jair Renan viajou para o Espírito Santo em setembro de 2020 para se reunir com empresários que queriam apresentar ao governo um protótipo de casas de granito. Dois meses depois, os empresários se reuniram com o então ministro Rogério Marinho, do Ministério do Desenvolvimento Regional, em Brasília.
Mensagens captadas pela PF mostram que Jair Renan era considerado "o padrinho" do projeto. No depoimento, o "04" negou que fez a intermediação.
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Bolsa móveis
Nas mensagens obtidas pela PF, sobre a reforma do espaço de Jair Renan, o personal Allan Lucena faz chacota com o Bolsa Família ao falar do patrocínio de empresários com a arquiteta Tânia Fernandes, responsável pelo projeto.
"Estamos indo já em um patrocinador", disse o personal. "Oba, preciso de todos os patrocinadores. Veja as cotas para patrocinar a execução", responde a arquiteta.
Em seguida, os dois iniciam a chacota. "Cota eletrônicos. Cota móveis. Cota reforma. Kkkkkk", escreveu ele. A arquiteta, então, respondeu: "Kkkkk vamos pedir bolsa móveis, bolsa reforma, bolsa família". Em tom de deboche, Allan afirmou que esses pedidos poderiam vazar para a imprensa e gerar manchetes a respeito do assunto: "Já já sai na mídia: Filho de presidente pede Bolsa Móveis".