Mensagens obtidas pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que investiga o filho mais novo de Jair Bolsonaro, Jair Renan, acusado de obter vantagens indevidas, de tráfico de influência e de lavagem de dinheiro, mostraram que um amigo do caçula do presidente da República procurou empresários para pagarem uma reforma no escritório da empresa do 04.
Nos diálogos entre o personal trainer Allan Luceno, amigo de Jair Renan, e a arquiteta Tânia Fernandes, responsável pela obra, o parceiro do filho do presidente assume que está buscando algum empresário que banque os custos das alterações que serão feitas na Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, sediada no camarote do estádio Mané Garrincha, em Brasília, e a profissional chega a debochar da prática, dizendo que aos “patrocinadores” seriam solicitadas “bolsa móveis” e “bolsa reforma”.
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Nas interceptações, Lucena diz a Tânia que "Estamos indo já em um patrocinador". A arquiteta responde com entusiasmo: "Oba, preciso de todos os patrocinadores. Veja as cotas para patrocinar a execução".
Na sequência, o aliado de Jair Renan responsável pelas mudanças estruturais no escritório da empresa diz que organizando por cotas fica mais fácil para arrumar os “patrocinadores”. "Cota eletrônicos. Cota móveis. Cota reforma... kkkkkk", diz o personal trainer.
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A responsável da obra dá sequência no deboche e arremata: "Kkkkk vamos pedir bolsa móveis, bolsa reforma, bolsa família".
Por fim, Lucena escracha seu desprezo pelas relações transparentes de pessoas públicas ligadas ao governo e ironiza a imprensa. "Já já sai na mídia. Filho de presidente pede bolsa móveis", concluiu.