Após a realização do debate da Gazeta, que aconteceu no domingo (1) em parceria com o My News, parte das análises apontou para um provável limite da técnica de Pablo Marçal (PRTB), que é levar a discussão para o nível mais baixo e, dessa maneira, tirar seus oponentes do prumo. No entanto, quando olhamos os números do candidato coach em suas redes, devemos desconfiar de tal afirmativa.
Em um dos momentos mais tensos do debate na Gazeta, Datena (PSDB) saiu de seu púlpito e se encaminhou até Marçal, e os dois quase chegaram às vias de fato. Além desse momento, Marçal não se referia aos opositores pelos seus respectivos nomes, mas sim por apelidos: "Boules", "Chatabata", "Bananinha (Nunes)" e "Dapena".
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É fato que, em grande parte do debate, os candidatos conseguiram neutralizar parte das bizarrices de Pablo Marçal. No entanto, como já identificado em outros debates, isso não faz a menor diferença, pois o postulante do PRTB à prefeitura de São Paulo não depende dos debates para crescer, mas sim de suas redes.
Vamos aos números: o primeiro corte feito por Marçal do debate tem, até o fechamento desta matéria, 4,7 milhões de visualizações em seu perfil no Instagram; para efeito de comparação, o vídeo da Gazeta com a transmissão do debate, no YouTube, está com 2,3 milhões, metade do que Pablo alcançou com apenas um vídeo.
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O candidato Pablo Marçal produziu 21 cortes do debate da Gazeta que resultaram, até o fechamento desta matéria, em 78,5 milhões de visualizações; para efeito de comparação, Guilherme Boulos (PSOL), principal opositor de Marçal, produziu 5 cortes do debate, que resultaram, até este momento, em 1,967 milhão de visualizações.
Marçal e sua estratégia atingiram o seu teto? As próximas pesquisas dirão, mas o fato é que o candidato continua a transmitir suas ideias e métodos para milhões de pessoas. Esse poder na comunicação o levou a conquistar 19% das intenções de voto.
Na última sexta-feira (30), começaram a ser veiculados os programas eleitorais de televisão. Marçal não tem programa, pois não possui representação no Congresso Nacional, enquanto Nunes e Boulos possuem os maiores tempos. Mas será que esses programas vão alcançar os milhões que Marçal alcança a partir de suas redes? Qual será o peso disso nas intenções de voto? As próximas pesquisas dirão.