Existe um golpe de Estado em curso na Venezuela. Os atos terroristas de opositores ao redor do país, como o fechamento de estradas, ataques a hospitais e manifestações violentas, têm se intensificado. As táticas são similares às registradas no Brasil entre outubro de 2022 e janeiro de 2023.
Iniciou-se o tal "banho de sangue" ou a "guerra civil fratricida" das previsões de Maduro na semana passada.
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Maria Corina Machado afirma que possui as atas eleitorais. Não as apresenta publicamente, mas diz que em sua contagem paralela, seu candidato Edmundo González tem mais de 70% dos votos.
Segundo a contagem dos opositores, Maduro teria menos de 3 milhões de votos. Curiosamente, o bolivarianismo teria perdido mais de um milhão de votos comparados com os 4,3 milhões que teve em eleições boicotadas pela oposição em 2020, quando o país estava em situação econômica muito mais frágil.
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Ou seja: a revolução bolivariana teria ficado menos popular depois de apresentar um crescimento de 18% em 2022, 4% em 2023 e projeção de 4,2% para 2024, segundo dados oficiais do banco central do país.
O problema é que esse fato eleitoral sem precedentes apresentado pela oposição não teve provas publicadas, apenas as declarações de Maria Corina Machado. É bravata.
O CNE afirmou que publicará hoje as atas eleitorais. Independentemente da publicação, a oposição de extrema direita continuará gritando golpe.
E o golpe anda em marcha rápida:
- Nas ruas, além dos atos golpistas, derrubam-se estátuas de Chávez, no mesmo modelo das revoluções coloridas, como as ocorridas na Ucrânia, Geórgia e na Primavera Árabe.
- O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, já deu o sinal: "Temos sérias preocupações de que o resultado anunciado não reflita a vontade ou os votos do povo venezuelano".
- A OEA deve se reunir rapidamente para decidir se apoiará a tomada violenta do poder. Em 2002 e 2017, apoiou as tentativas de golpe na Venezuela. Em 2019, repetiu o fato na Bolívia.
- Edmundo González já foi proclamado presidente eleito pela oposição e pelo ex-presidente paralelo, Juan Guaidó.
- A direita neoliberal e a extrema direita já sinalizaram apoio aos golpistas, nomeadamente os continuistas do Grupo de Lima, somado ao Chile de Boric, El Salvador de Bukele e outros países governados pela direita.
Tudo indica um golpe de Estado.
O peso virá do Brasil, México e Colômbia, que podem reconhecer o resultado eleitoral e diminuir o volume da gritaria sobre golpe. Lula conversará com Biden nesta terça-feira (30). E pode decidir o futuro da Venezuela pelos próximos anos.