O presidente dos EUA, Joe Biden, solicitou uma ligação telefônica com o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva para falar sobre Nicolás Maduro e a situação na Venezuela. O telefonema foi marcado para as 15h30 desta terça-feira (30).
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Biden quer ouvir de Lula, que enviou a Caracas o assessor especial Celso Amorim, sobre a eleição no país vizinho, que reelegeu Maduro para novo mandato, segundo proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Logo após a divulgação dos resultados, na madrugada de segunda-feira (29), o secretário de Estado dos EUA Antony Blinken levantou suspeitas sobre o processo eleitoral.
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“Temos sérias preocupações de que o resultado anunciado não reflete a vontade ou os votos do povo venezuelano. A comunidade internacional está observando isso de perto e responderá adequadamente", disse Blinken em pronunciamento a jornalistas.
Já o governo Lula reagiu mais tarde e com mais cautela. Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Relações Exteriores saudou "o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração".
No texto, o Itamaraty "reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados" e diz que aguarda a publicação de todos os dados eleitorais para "transparência, credibilidade e legitimidade" sobre o resultado, que deu vitória a Maduro.
Em entrevista à mídia brasileira, Amorim pregou cautela, afirmando que o resultado anunciado pelo CNE devem ser confirmados "ata por ata", e descartou entrar no discurso golpista, capitaneado pelo presidente argentino Javier Milei.
"Não sou daqueles que reconhece tudo o que é dito, mas também não vou entrar numa de dizer que foi fraude. É uma situação complexa e queremos um regime democrático para a Venezuela de forma pacífica", disse ao portal G1.
Amorim encontrou com lideranças das campanhas de Maduro e de González para passar um cenário a Lula antes da conversa com Biden.
Quem contesta o resultado
- Estados Unidos - secretário de Estado, Antony Blinken
- União Europeia - vice-presidente, Josep Borrell Fontelle
- Reino Unido - Ministério das Relações Exteriores
- Chile - presidente Gabriel Boric
- Alemanha - Ministério das Relações Exteriores
- Argentina - presidente Javier Milei
- Uruguai - presidente Luis Lacalle Pou
- Espanha - ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares
- Itália - vice-primeiro-ministro, Antonio Tajani
- Equador - presidente Daniel Noboa
- Peru - ministro das Relações Exteriores, Javier Gonzalez-Olaecha
- Colômbia - ministro das Relações Exteriores, Luis Gilberto Murillo
- Guatemala - presidente Bernardo Arevalo
- Panamá - presidente José Raúl Mulino
- Costa Rica - presidente Rodrigo Chaves
- Portugal - Ministério dos Negócios Estrangeiros
Quem já parabenizou Maduro pela vitória
- Rússia - presidente Vladimir Putin;
- China - Ministério das Relações Exteriores;
- Irã - embaixada iraniana na Venezuela;
- Honduras - presidente Xiomara Castro;
- Bolívia - presidente Luis Arce;
- Catar - emir Tamim bin Hamad al-Thani;
- Cuba - presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez;
- Nicarágua - presidente Daniel Ortega.