"Bombardeando hospitais, campos de refugiados, crianças, idosos indefesos, Israel demonstra o pior da Humanidade. Até quando os líderes europeus nos tornarão cúmplices desta barbárie?", perguntou a ministra dos Direitos Sociais da Espanha, Ione Belarra, importante liderança do Podemos.
Ela deu apoio à iniciativa do advogado francês Juan Blanco, que pretende denunciar Israel no Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra.
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Fomos convidados a representar cidadãos com dupla nacionalidade, da Palestina e de países europeus, tanto nas jurisdições nacionais como no Tribunal Penal Internacional
A vice-ministra das Relações Exteriores da Bélgica, Petra De Sutter, pregou sanções contra Tel Aviv:
É hora de sanções contra Israel. A chuva de bombas é desumana. É claro que Israel não se importa com as exigências internacionais por um cessar-fogo
A agressiva "diplomacia" de Israel não tem limites, nem constrangimento. Já acusou o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, de apoiar "terroristas". Fez o mesmo com as várias divisões das Nações Unidas que prestam ajuda humanitária em Gaza, alegando que elas acobertam o Hamas.
Pediu a renúncia do secretário geral da ONU, António Guterres, que acertadamente pontuou que o ataque do Hamas a Israel não aconteceu no vácuo. Sim, houve História antes do 7 de outubro, o que não significa endossar a barbárie.
A influência do "kahanismo" no governo de Benjamin Netanyahu é óbvia.
Ela se personifica nos ministros Bezalel Smotrich, Ben Gvir e Amichai Eliyahu, aquele que sugeriu "metaforicamente" atirar uma bomba atômica em Gaza e não foi demitido, mas "suspenso".
Uma Grande Israel onde, obviamente, não cabem 7 milhões de palestinos -- sem contar outros 8 milhões de exilados.
O governo de Netanyahu é fortemente influenciado por "um projeto de supremacia judaica conservadora, de direita, racista e religiosa" -- não são palavras de algum radical de esquerda, mas do diário israelense Haaretz.
As ações da diplomacia de Israel no Brasil, em simbiose com o bolsonarismo, fazem todo sentido.
Estão diretamente conectadas a um país que está se isolando no cenário internacional e, ao mesmo tempo -- nas palavras do Haaretz -- comunga de ideias supremacistas equivalentes às do regime racista da África do Sul.
A manifestação do chamado "Coletivo Judias e Judeus de Esquerda" contra a presença do padre Júlio Lancelotti em uma manifestação pró-Palestina em São Paulo expõe esta bizarra aliança entre gente que se diz de esquerda, o bolsonarismo e um governo de extrema-direita com tinturas supremacistas.