Segundo a secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tomará uma decisão "dentro de duas semanas" sobre se vai se juntar à guerra de Israel contra o Irã.
"Tenho uma mensagem enviada diretamente pelo presidente: 'Com base no fato de que há uma chance de negociações substanciais que podem ou não ocorrer com o Irã em um futuro próximo, tomarei minha decisão sobre ir ou não nas próximas duas semanas'", disse Leavitt em uma entrevista coletiva realizada na Casa Branca nesta quinta-feira (19).
O enviado especial Steve Witkoff do governo dos EUA manteve comunicação direta com o ministro das Relações Exteriores iraniano Abbas Araghchi, segundo o site Axios, nesta quarta-feira (18).
Juntamente com o chefe de política externa da União Europeia, os ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha e Reino Unido devem se reunir com Araghchi em Genebra, na Suíça, nesta sexta-feira (20). Leavitt disse que os EUA avaliarão o resultado dessa reunião. "O presidente sempre quer usar a diplomacia, mas não tem medo de usar a força se necessário", enfatizou.
'Ameaça existencial'
Trump, em consulta ao Conselho de Segurança Nacional, está considerando uma intervenção militar dos EUA, de acordo com reportagem do site Politico. Os EUA são considerados pelos especialistas em Defesa como o único país com capacidade militar para destruir o programa nuclear iraniano.
“O Irã tem tudo o que precisa para desenvolver uma arma nuclear”, disse Leavitt, sem apresentar qualquer indício ou fonte que sustentasse a afirmação. “Tudo o que eles precisam é de uma decisão do líder supremo para isso, e levaria algumas semanas para concluir a produção dessa arma, o que, obviamente, representaria uma ameaça existencial não apenas para Israel, mas para os Estados Unidos e para o mundo inteiro.”
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, informou, em entrevista à TV CNN realizada nesta terça-feira (17) que os inspetores coordenados por ele não reuniram provas que confirmem um esforço sistemático do Irã para construção de uma bomba atômica.
“O que informamos foi que não tínhamos, coincidindo com algumas das fontes que você mencionou, de que não tínhamos nenhuma prova de um esforço sistemático [do Irã] para avançar para uma arma nuclear”, pontuou. A AIEA é a responsável por inspecionar o programa nuclear do país persa.
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