No último fim de semana eu fui rapidamente até Rosário, na Argentina, onde pude participar do Ciudades Sin Miedo. Foi um encontro carregado de potência, onde representantes de municipalidades de toda a América Latina se reuniram para debater o futuro. E aí algo me pegou: não estávamos falando apenas sobre resistir, mas principalmente sobre a construção de futuros possíveis. Não era apenas sobre ficar na defesa, mas partir para o ataque.
Fui convidada para o evento por companheiras e companheiros do Ciudad Futura e do Barcelona en Comú, que acompanham atentamente o que acontece no Brasil. Lá, em Rosário, o sentimento coletivo ia na direção de apontar a importância de Lula ser eleito, aqui no Brasil, no próximo domingo.
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Era um senso de comunhão, onde todas e todos refletiram sobre a necessidade do nosso país ter um presidente progressista, que respeite os Direitos Humanos e que defenda a democracia. Votar em Lula, e defender orgulhosamente esse voto, é partir para o ataque contra todo o retrocesso imposto nos últimos anos pelo fascismo bolsonarista.
A eleição de Lula será uma vitória para toda a região, que vem construindo uma nova onda rosa, desta vez muito mais conectada com pautas centrais, como os debates feministas e a defesa do meio ambiente. O Brasil é o maior, mais rico e mais populoso país da América Latina. Uma vitória popular aqui tende a inspirar outras, em futuras eleições que acontecerão nos próximos meses, como na própria Argentina em 2023.
Inclusive, preciso registrar aqui minha admiração pelos brasileiros que compõem o Núcleo PT Argentina e o Coletivo Passarinho, que fizeram um árduo trabalho de mobilização para que os brasileiros que lá vivem fossem votar no primeiro turno, dia 2 de outubro. Lá, Lula venceu com históricos 63,5% dos votos, enquanto Bolsonaro amargou 29,1%.
A cooperação internacional é a chave para a soberania dos povos. Os brasileiros que vivem no exterior, seja na Argentina, no Chile, no México, no Uruguai, e também em outros continentes, como em Portugal, Espanha, França, Angola, Moçambique, Austrália etc, entenderam isso. Lutar pelo Brasil, e defender a democracia brasileira, é tarefa cotidiana. Sairemos vitoriosas neste domingo (30). E vamos, juntes, construir uma América Latina livre, popular e democrática. É Lula, é 13.
*Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Fórum.