Centenas de pessoas, a maior parte delas atingidas pelo rompimento da barragem da Samarco na cidade de Mariana (MG) em 2015, protestaram nesta segunda-feira (6) por justiça e reparação diante daquele que é considerado o maior crime ambiental do país em frente às embaixadas do Reino Unido e da Austrália em Brasília (DF).
A escolha dos locais se deu pelo fato de que a BHP Billiton uma das controladoras da Samarco, junto à Vale, é uma empresa anglo-australiana. Uma série de processos judiciais contra a companhia estão em andamento na Justiça britânica e a soma das indenizações estimadas está em torno de R$ 230 bilhões.
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“Estamos aqui, os atingidos pelo maior crime ambiental da mineração da história do mundo, na bacia do Rio Doce, em frente às embaixadas da Inglaterra e da Austrália, para denunciar o que a empresa desses países, que é a BHP Billinton, fez em nosso país. A BHP, mal tem uma sede no Brasil, uma estrutura, e está aqui ainda ganhando lucros em cima desse crime”, disse Heider Boza, da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Desde a última semana, o MAB vem realizando, através da campanha "Revida Mariana", uma série de atividades e manifestações para marcar os 8 anos do crime ambiental, completados no domingo (6).
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Entre as principais reivindicações do grupo, está a reparação indenizatória por parte das empresas por conta do crime e o diálogo com o presidente Lula para que as necessidades das vítimas e suas demandas sejam atendidas pelo governo federal.
Em 5 de novembro de 2015, o rompimento de uma barragem da Samarco no município mineiro matou 19 pessoas e devastou o leito do rio Doce, causando impactos em todo o vale, inclusive no Espírito Santo. 8 anos se passaram e as empresas controladoras da Samarco ainda não pagaram uma reparação justa a um milhão de pessoas prejudicadas, de acordo com o MAB.
Confira abaixo imagens do ato desta segunda-feira
Fotos: Joka Madruga e Patricia Souza