Movimentos populares se mobilizam para garantir a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições, no próximo dia 30 de outubro. Em carta divulgada aos eleitores, as organizações destacam que, neste momento, os apoiadores do candidato petista precisam dizer a verdade sobre os reais problemas do país.
Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central dos Movimentos Populares (CMP) e da coordenação nacional do conselho político da campanha Lula Presidente, lembra que desde o mês de julho os movimentos populares estão ocupando as ruas de todo o país para levar Lula à Presidência da República:
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“As caminhadas do ex-presidente com milhares de pessoas, a presença massiva da militância dos movimentos populares e sociais nas ruas no diálogo direto com os eleitores, além do engajamento da juventude e dos setores médios progressistas é que irá nos levar a derrotar Bolsonaro e eleger Lula no próximo dia 30 de outubro”, disse.
Os movimentos destacam que é preciso combater às desigualdades sociais e as injustiças em curso no país. Segundo as organizações, elas só existem porque há no Brasil um sistema de exploração e opressão da classe rica contra a classe trabalhadora. “Lula é quem está do lado dos pobres. É possível o povo oprimido romper as cadeias de humilhação que a atual classe dominante e o atual governo querem manter. Com nosso voto livre e secreto, vamos vencer. A única coisa que deve ser banida para sempre é a injustiça e o que deve prevalecer é o amor e a justiça universal”, diz o documento subscrito pela Central de Movimentos Populares, Coletivo Nacional dos Eletricitários, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Federação Única dos Petroleiros, Movimento dos Atingidos por Barragens, Movimento Camponês Popular, Movimento dos Pequenos Agricultores e União Nacional por Moradia Popular.
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Os movimentos alertam ainda que o adversário de Lula é forte e a todo o momento usa a ameaça e o terror contra os trabalhadores. Por essa razão, as organizações explicam que o campo progressista precisa ser ainda mais ousado e profissional, com a participação em massa da esquerda nas mobilizações de rua e nas redes socais. “As alianças de setores progressistas e a classe média são necessárias e ambos devem ser estimulados a nos acompanhar nas ruas e nas redes para vencer o inimigo e evitar o pior para nosso país e para todo o planeta [...] nada devemos temer, e precisamos estar seguros que nosso trabalho é justo e necessário, pelo bem do povo brasileiro, e da humanidade. Convencer que todos devem votar, e vencer”, diz o documento.
A nota reitera ainda que, além de eleger Lula, os movimentos populares terão que seguir mobilizados para garantir um governo democrático e popular. Entre as ações apontadas como mais importantes para o Brasil voltar à rota do desenvolvimento, as organizações apontam que “o Estado deverá estimular a economia, com programas estratégicos para o Brasil, garantindo a segurança do povo, a saúde, a educação, a moradia, o aumento de salários e renda, baixando os preços das mercadorias, preservando o meio ambiente, a Amazônia e o futuro da humanidade, com soberania energética e alimentar”.