Desde que o "X/Twitter" foi bloqueado por desrespeitar determinações do Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (30), milhões de usuários brasileiros ficaram órfãos, mas ao mesmo tempo iniciaram uma migração em massa para a rede social Bluesky, fundada em 2019 por Jack Dorsey, um dos criadores do Twitter, que foi comprado por Elon Musk. Dorsey deixou a direção da redes, que hoje é liderada por Paul Frazee
Segundo comunicado divulgado pela Bluesky nesta quarta-feira (4), nos últimos dias a plataforma registrou a chegada de mais de 2,6 milhões de usuários, sendo 85% brasileiros. Os gestores, além de darem as boas-vindas aos novos usuários, também aproveitaram para sanar algumas dúvidas.
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Quem está no Bluesky tem notado que os usuários brasileiros que vieram do "X/Twitter" sentem muita falta da possibilidade de enviar vídeos e dos Trending Topics, que indicavam os assuntos em alta na rede.
De acordo com os gestores da plataforma, "Os vídeos estarão disponíveis na nossa próxima grande atualização, e também já estamos trabalhando nos trending topics."
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Fake News e discurso de ódio
Outro assunto muito comentado pelos usuários brasileiros é a quase inexistência de discurso de ódio; no entanto, todos sabem que é uma questão de tempo até que tais práticas cheguem à nova rede social.
Sobre a moderação de conteúdo, os gestores da Bluesky afirmam que "a promoção de espaços saudáveis para conversas é uma questão central para o Bluesky. Nosso time de moderação está disponível 24/7 e consegue responder à maioria das denúncias em poucos dias. Para denunciar uma postagem ou uma conta, basta clicar no menu indicado com três pontinhos e em ‘Denunciar Postagem’ ou ‘Denunciar Conta’."
A respeito das fake news eleitorais, a plataforma revelou o seguinte: "Aaron Rodericks, líder do time de segurança e promoção de saúde na plataforma, já teve que lidar com essas questões no Twitter e trouxe sua experiência para cá. Nosso time de moderação revisa o conteúdo ou a conta em busca de desinformação, que os usuários podem denunciar diretamente no aplicativo."
Em seguida, a Bluesky afirma: "Em caso de violações severas, como risco de boicotes à votação ou às eleições oficiais, poderemos remover o conteúdo ou até a conta. Na maioria dos casos, revisamos as alegações de que um conteúdo é falso buscando informações em fontes confiáveis e nos reservamos o direito de classificar postagens como desinformação."
A íntegra do comunicado pode ser lida aqui.