Em mais uma denúncia vazia - baseada em um vazamento suspeito de mensagens do celular do ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), Eduardo Tagliaferro -, a Folha de S.Paulo, em parceria com Glenn Greenwald reclama que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, mandou seus subordinados "endurecer" com o bilionário Elon Musk, dono da rede X, que se recusava a cumprir determinações para derrubadas de perfis com fake News e discursos de ódio.
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Na reportagem, que ganhou destaque na edição desta quarta-feira (4), a Folha denuncia que "depois de reuniões e de ser informado sobre a discordância da empresa em relação às suas solicitações, o ministro, que à época era presidente do TSE, decidiu que a postura deveria mudar".
"Então vamos endurecer com eles. Prepare relatórios em relação a esses casos e mande para o inq [inquérito] das fake [news]. Vou mandar tirar sob pena de multa", diz a mensagem atribuída ao juiz auxiliar Marco Antônio Vargas a integrantes do Departamento anti-fake News, revelada pelo jornal.
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"Desde então, Moraes tem aplicado multas e ordenado a retirada de conteúdos publicados no X por meio de decisões no STF", reclama a Folha em seguida.
No entanto, o próprio jornal afirma que o "endurecimento" se deu após Elon Musk assumir o comando da plataforma e tirar poderes dos representantes no Brasil em cumprirem as determinações judiciais.
Isso é revelado na resposta de um servidor da AEED ao juiz auxiliar de Moraes.
"Vou ver o que consigo. Mas ele já adiantou que, com a entrada do Musk, a equipe dele deixou de tomar decisões de moderação. Essas decisões estão sendo tomadas por um colegiado, do qual eles não participam", afirmou Frederico Alvim, que teria se prontificado a intermediar as conversas com a plataforma.
Alvim então explica a mudança imposta por Musk, que começou a mediar as fake News nas redes com "notas da comunidade", os links disponibilizados pelos próprios usuários contestando publicações - que privilegiou a atuação da horda bolsonarista no Brasil.
"Segundo os estudos que fizeram, ao longo de 2 anos, os tuítes marcados com notas de comunidade têm uma redução de 20% a 40% do potencial de enganar pessoas", disse Alvim sobre a estratégia de Musk de manter publicações fake e discursos de ódio nas redes.