MÍDIA GOLPISTA

"Esculhambação": Pacheco detona bolsonaristas que pedem impeachment de Moraes por "denúncias" da Folha

Indagado pela própria Folha, o presidente do Senado minimizou o teor das "denúncias". "É muito difícil a partir da leitura de uma matéria de jornal nós temos a aferição exata de se há repercussão jurídica"

Alexandre de Moraes e Rodrigo Pacheco.Créditos: Marcos Oliveira/Agência Senado
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Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) detonou a tentativa de aliados de Jair Bolsonaro (PL) de emplacar um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com base nas denúncias vazias, baseadas em troca de mensagens vazadas de subordinados, divulgadas pela Folha de S.Paulo.

Responsável por pautar os trabalhos do Senado, o parlamentar mineiro classificou como "esculhambação" a nova tentativa dos bolsonaristas de tumultuar o país, promovendo ataques ao ministro e às instituições.

Pacheco afirmou que não vai permitir "que esse país vire uma esculhambação de quem quer acabar com ele".

"Qualquer medida drástica de ruptura entre Poderes, nesse momento, afeta a economia do Brasil, afeta a inflação, afeta o dólar, afeta o desemprego, afeta o nosso desenvolvimento. É muito ruim que essas divisões políticas pautadas para enriquecer segmentos, para ter voto, engajamento em rede social, possa pautar a vida na nação", emendou, expondo os problemas causados pela nova tentativa de golpe da ultradireita neofascista em aliança com a mídia neoliberal.

O vazamento das conversas, que partiu do celular de Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) - órgão subordinado à presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) -, incitou a horda bolsonarista a recrudescer os ataques ao ministro, responsável pelo inquérito sobre a tentativa de golpe do ex-presidente.

Indagado pela própria Folha, o presidente do Senado, no entanto, minimizou o teor das "denúncias".

"É muito difícil a partir da leitura de uma matéria de jornal nós temos a aferição exata de se há repercussão jurídica para o processo em termos de nulidade de prova ou não. Esse é um entendimento que caberá ao Judiciário decidir, ao Ministério Público aferir isso", disse.