A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, foi às redes sociais nesta segunda-feira (20) e voltou a manifestar sua posição de que os protestos contra a “reportagem” do antigo tabloide dado a posições reacionárias O Estado de S. Paulo sobre uma suposta “dama do tráfico” ter proximidade com a cúpula dos ministérios dos Direitos Humanos e da Justiça e Segurança Pública, tentando atingir o ministro Flávio Dino, chefe da segunda pasta mencionada, não é um “ataque à imprensa”, mas sim uma cobrança por postura ética e séria no exercício do jornalismo.
A parlamentar que lidera o partido explicou que a “reportagem” tem uma série de erros e que partiu de um fato “que não constitui crime”, tampouco “deslize”, para criar uma atmosfera de culpa e acusações contra Dino, que é uma das figuras mais simbólicas e profícuas do governo do presidente Lula, que vem inclusive empreendendo um sufocamento financeiro de organizações criminosas. Ela listou uma sequência de atos errôneos no caso “dama do tráfico” por parte do antigo tabloide paulistas dado a posições reacionárias, que um dia enalteceu um discurso do genocida alemão Adolf Hitler, líder do nazismo, e que foi apoiador do Golpe Militar de 1964 e de sua ditadura.
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“Vamos aos fatos: estava errada a matéria do Estadão sobre a passagem pelo Ministério da Justiça de alguém que o jornal chamou, sem fontes nem provas, de “Dama do Tráfico”. Faltou apuração jornalística e sobrou preconceito: contra o ministro Flavio Dino e contra o direito dos familiares de presos. Sobrou também exploração política e midiática de um episódio que não constitui crime nem sequer “deslize”. Mas houve também reação indignada contra essa manipulação, que levou o jornal a se afundar cada vez mais no erro, tentado salvar a face. Hoje fui acusada pelo Estadão de “instigar militância petista” e, pela Folha, de “engrossar onda de ataques” contra uma jornalista com cargo de chefia no Estadão. Em primeiro lugar, a militância petista é formada por cidadãos e cidadãs conscientes, ninguém os instiga nem manipula. Em segundo lugar, não fiz ataque a ninguém. Cobrei apuração, por parte do Ministério Público do Trabalho, de denúncia publicada na revista Fórum, que é responsável pela notícia citada. Isso é “ataque”? O que se espera da imprensa é que faça o que prega: apurar os fatos antes de lançar acusações. Isso vale para veículos e jornalistas de todos os matizes, independentemente de posição política e ideológica, de interesses econômicos ou corporativos. Nosso país já pagou um preço altíssimo por acusações infundadas e perseguições midiáticas”, escreveu Gleisi.
A editora em questão, Andreza Matais, foi a mesma que publicou o valor do salário, como forma de intimidação, de um funcionário público que comanda o programa “Contra Fake”, da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República), após o jornalista desmentir uma notícia desconexa que apontava para um inexistente empréstimo por parte do governo brasileiro chefiado por Lula ao governo argentino do presidente Alberto Fernández. Após a publicação intimidatória e da reação por parte de internautas e de jornalistas não ligados à imprensa hegemônica, Andreza apagou o tuíte.
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No caso em voga, da criada e batizada "dama do tráfico", o jornalista Leandro Demori revelou que também foi intimidado, por meio do mesmo expediente de exposição do salário, por profissionais que, segundo ele, seriam vinculados ao Estadão, após ter divulgado uma série de informações que desmonta a "reportagem" do antigo tabloide paulistas dado a posições reacionárias.