Dois ativistas do grupo ambiental Just Stop Oil picharam o túmulo do naturalista britânico Charles Darwin nesta segunda-feira (13), em protesto na Abadia de Westminster, um dos locais históricos mais icônicos de Londres. Conhecida por sediar eventos reais, coroações e sepulturas de grandes figuras, a Abadia foi palco da manifestação que criticou a inércia diante da crise climática.
Os manifestantes usaram spray laranja, descrito pelo grupo como tinta à base de giz, para escrever "1,5 está morto" na lápide de mármore branco de Darwin. A mensagem faz referência ao recente aumento das temperaturas globais, que ultrapassaram pela primeira vez o limite de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais — um marco crucial do Acordo de Paris para evitar os piores efeitos do aquecimento global.
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Um dos ativistas afirmou que a humanidade ultrapassou o limite de segurança climática, citando 2024 como o ano mais quente já registrado. Ele alertou para eventos extremos, como incêndios devastadores e a perda de biodiversidade, e destacou: "Darwin ficaria indignado ao saber que estamos vivendo a sexta extinção em massa".
Charles Darwin, célebre pela teoria da evolução, faleceu em 1882 e está enterrado na Abadia ao lado de outros grandes cientistas, como Isaac Newton e Stephen Hawking. Di Bligh, de 77 anos, uma das manifestantes, citou: "Não é a espécie mais forte ou inteligente que sobrevive, mas a que melhor se adapta às mudanças".
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O grupo Just Stop Oil pede o fim do uso de combustíveis fósseis até 2030, alertando que, sem mudanças, o planeta poderá aquecer até 3°C em relação à era pré-industrial. Alyson Lee, de 66 anos, também participou da ação, posicionando-se ao lado do túmulo após a pichação.
Em nota, a administração da Abadia informou que equipes de conservação começaram a limpeza imediata, enquanto a polícia prendeu as duas mulheres envolvidas sob suspeita de vandalismo. O Just Stop Oil já realizou outros protestos de grande repercussão, incluindo interrupções em eventos culturais e ações simbólicas contra edifícios públicos.
