O incêndio, que começou ontem (15) na Granja do Torto e posteriormente se espalhou para o Parque Nacional de Brasília, atravessou o rio Bananal nesta segunda-feira
Diante dos novos avanços das queimadas, o contingente de bombeiros foi reforçado, totalizando agora 500 agentes, em comparação aos 93 no início da manhã de hoje.
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De acordo com os agentes que trabalham na contenção das chamas, a situação do fogo até o momento é considerada fora de controle.
A expectativa é que o trabalho se estenda durante toda a noite, quando a baixa temperatura pode ajudar a controlar o fogo.
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No entanto, há preocupação de que o fogo alcance regiões de turfa, onde o material vegetal parcialmente decomposto pode facilitar a propagação subterrânea das chamas.
Estragos
Os efeitos das chamas continuam preocupando ambientalistas. Com a travessia do fogo pelo Rio Bananal, a apreensão agora se volta para as matas de galeria que protegem os rios. Danos a essas regiões podem colocar em risco a bacia hidrográfica da área e ampliar os estragos provocados pelas queimadas.
Em suas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sobrevoou a região hoje pela manhã acompanhado da primeira-dama, escreveu: "O governo federal está atuando junto com o Corpo de Bombeiros do DF para ajudar no combate às chamas".
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), suspendeu as férias dos bombeiros, e mais de 17 escolas públicas tiveram as aulas suspensas. A Universidade de Brasília (UnB) também suspendeu o expediente presencial.
Nesta manha desta segunda-feira (16), Brasília amanheceu coberta por uma densa camada de fumaça. A cidade, que se mantém sob alerta laranja — uma classificação meteorológica perigosa para a saúde — está há 146 dias sem chuva. As chances de chuva a partir desta segunda quinzena de setembro continuam pequenas, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Cuidados com a saúde
O clima seco em razão da baixada umidade do ar pode podem provocar sintomas como:
- tosse seca;
- cansaço;
- ardor nos olhos, nariz e garganta;
- falta de ar;
- respiração ofegante.
Instruções do Ministério da Saúde recomendam as seguintes ações para reduzir a exposição às partículas resultantes das queimadas:
- Aumente a ingestão de água e líquidos para manter as membranas respiratórias úmidas e protegidas.
- Permaneça em ambientes fechados, preferencialmente bem vedados e com conforto térmico adequado. Quando possível, busque ambientes com ar condicionado e filtros de ar para reduzir a exposição.
- Mantenha portas e janelas fechadas durante os horários de maior concentração de poluentes no ar, para minimizar a penetração da poluição externa.
- Evite atividades físicas ao ar livre durante este período do ano.
- Não consuma alimentos, bebidas ou medicamentos que tenham sido expostos a detritos de queima ou cinzas.
- Utilize, preferencialmente, máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100, que podem reduzir a inalação de partículas se usadas corretamente por pessoas que precisem sair de casa. No entanto, a recomendação prioritária é permanecer em locais fechados e protegidos da fumaça.